sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

DESUNIÃO NO CANDOMBLÉ Desde que me conheço por gente que sempre soube que o candomblé e uma guerra sem fim. por otários que se intitula serem os bons deixando a soberba e muitas as vezes os olhos grande falar mais alto. Frases iguais a essa até hoje existem,(NO MEU AXÉ TEM SANTO DE VERDADE TEM AXE DE VERDADE TEM FUNDAMENTOS DE VERDADE ,FULANO FEZ SANTO E SAIU COM OS OLHOS ABERTOS,NA FESTA DE FULANO NEM CERVEJA TINHA,O AXE E MUITO MATIM MATIM) ora bolas !falar de mais e o ponto cheio da maioria e nem sabem que a disputa ja vem de longa data da era das primeiras casas de axé. o povo esqueceu de serem humildes esqueceram de que o orixá e mais do que qualquer valor financeiro. O orixa não abre a boca pra cobrar ninguém é nem muito menos extorquir quem quer que seja. A inveja do proxímo e tão absurda que leva muitos a queimarem a casa um dos outros pondo o nome do proxímo na lama .Fazendo do candomblé uma guerra inconstante de idiotas e de milhares de zé povinho. Tem santo quem tem dinheiro...sera? hoje em dia o candomblé esta tão defasado que o luxo a arrogânçia a ganançia e a ostentação imperam dentro das casas de axé. É em muitas as vezes o orixa que É bom está pra lá da Africa ou melhor pra la de Baguidá, hojé em dia podemos assistir orixas de ekê (mentira) pegarem birras com sacerdotes outros voarem nos oponentes se passando por orixá para pegar o outro na porrada . Orixá de mentira tirar satisfação de vida pessoal fala no telefone mexe em computador tem whatsap manda recados de ameaças e muitas outras coisas . E da idade que estou nunca ouvir dizer que orixá que e orixa vem pra dar porrada contra qualquer que seja ou ate mesmo se interferir em vida pessoal de quem quer que seja. O candomblé e a religião mais desunida que se tem. se a galera não perder o rompante e baixar mais o nariz ,sendo mais humilde daqui a alguns anos o candomblé só existira nos livros. Ser de orixá não e ser soberbo , não e ter riquezas nem muito menos ser melhor do que ninguém.ser de orixa e gostar de ajudar o proxímo e de Amar o que faz de coração. Educar seus yaos é um bom começo, porque simplesmente a tropa de yaos mau feitos e sem educaçõ e arrogantes e o que mais se tem por ai NÃO FALO SOMENTE DE YAOS MAIS DE TODOS POIS EXISTE CARGOS QUERENDO SER ORIXÁ VAMOSTER RESPEITO AO PROXIMO Q JÁ E UM BOM COMEÇO . Outra coisa não existe nação melhor do que a outra , nenhuma nação e pura até mesmo porque o candomble e uma religiao Brasileira com parametros africanos . O candomblé e uma mistura de raizes de povos escravizados que tiveram a humildade de se juntarem para não deixar os orixás , voduns e inkisses morrem no esquecimento. por tanto galera!!! humildade É respeito ao proxímo. Ninguem nasce sabendo ninguém sabe tudo, ninguem e melhor do que ninguém,não existe nação melhor do que a outra. O candomblé e apenas uma cartilha que não tem fim. KPEJIGAN VANDERLEI DE ODÉ
ORIXA VODUNS e N´KISSE E A HOMOSSEXUALIDADE Fiz o santo e começei a ter atração por pessoas do mesmo sexo !!!! acontece? mentira !!! Nesse caminho e o que mais acontece, até mesmo pelo candomblé ser a religião que apoia o povo gls. Mais deveremos sempre separar a vida pessoal daquilo que for sagrado. O sagrado não inpulsiona a cabeça de ninguém para se assumir gay ou ser prostituta. se a pessoa entra no candomble com proposito de mais tarde dizer que fez logun ede e de uma hora pra outra começou a sentir atrações por homens , O que tenho a dizer que isso e mentira, orixa nenhum não ira fazer ninguem virar gay ,prostituta ,matador, A desculpa sempre foi essa, Você sempre teve vontade de se soltar e nunca teve coragem. dai e mais facil dizer que a culpa foi do orixa porque depois que fiz santo me deu vontade de se assumir. outra coisa a pessoa faz oya e cai na prostituição. Háaa foi depois quando fiz santo fiquei nun fogo tão grande que entrei pra vida ganhar muito dinheiro. pelo que eu entendo nunca ouvi dizer em nenhum itan que oya fosse mulher de vida facil. Que todos que fazem a orixa viram mulheres da vida, ou seja tudo e uma questão da gente querer, é simplesmente uma escolha da gente, não tendo orixa nenhum a haver com as nossas escolhas, pois ate então orixa nenhum tem prazer !. É como dizer que o sujeito fez ogum xoroque e se tornou um assassino.fez exu e virou um cachaçeiro. entrar na religião pra fazer santo e camufla o que se é e muito desonesto porque depois la na frente irá se desviar é irá colocar culpa em orixas , Ou dizer que pai ou mãe de santo virou folhinha debaixo da decisá ,(um termo bastante conhecido) para justificar seus desejos carnais. Orixa não ira lhe transformar para que você assuma sua homosexualidade .ela simplesmente nasce com todos,uns com mais forças e outros embutidos e outros enrustidos. Então seje honesto a você e quando ir se iniciar não por culpa no sagrado. se acaso depois você se assumir . É dizer que realmente você sempre foi você. é que o seu orixa vodum ou n´kissi só lhe deram forças para a sua nova vida .
BOLONAN BOLAR NO ORIXÁ Bolar é o mesmo que perder a consciência. É quando a energia de um Orixá passa perto de uma pessoa que não está preparada para receber tamanha carga, sendo assim está pessoa cai desfalecida, esse fenômeno é chamado de BOLAR NO ORIXÁ. Na verdade, O ato de Bolar é uma declaração pública de que aquele determinado Orixá quer a iniciação da pessoa, uma forma de chamar a atenção. Mas vale lembrar, que quando está bolado no Orixá não quer dizer que a pessoa esteja manifestada no Orixá, na verdade alí e o adormecimento dos sentidos corporais, mas Orí está acordado. VERDADE QUE A PESSOA QUE BOLA NO ORIXÁ TEM QUE FAZER SANTO? Não, fazer santo é uma escolha pessoal, sua! Orixá manifesta a vontade de querer uma iniciação, mas não obriga ninguém a se iniciar. Quando a pessoa é acordada deste estado, lhe é contado o que aconteceu e dali pra frente as decisões a serem tomadas partem dela, iniciar ou não! Orixá não obriga ninguém a nada. Essa história de que se bolar tem que sair raspada do barracão é historinha, pois o Orixa entende que a pessoa tem que ajustar a vida aqui fora pra entrar em Roncó, não é apenas largar tudo e passar 21 dias de obrigação e sair de lá com a vida bagunçada. O QUE É BOLONÃ? Bolonã é um ritual, que ainda reside em muitas casas, que é simplesmente provocar alguém a bolar. serve para confirmar se alguém é ou não rodante e também o orixá dela. Ritual feito com um canticos e ebos específico de bolonã para cada Orixa, onde a pessoa que vai se iniciar passa... (Não posso falar mais kkkk) Pessoas de cargo do terreiro cantam, gritam, saúdam o orixá e a pessoa desfalece (BOLA) na hora que o cantigo se refere a divindade da pessoa. São 21 Cantigas. Bolonan ou Bolar, é a uma das primeiras manifestações de um Orixá ou Òrìsà em pessoa, podendo acontecer geralmente de forma bruta e sem qualquer tipo de previsão ou apontamento para o fato. Normalmente é um fato (Bolar com santo ou orixá) que acontece durante uma festa de Orixá, não se restringindo a só a acontecer nas casa de santo, podendo a acontecer a qualquer lugar, a qualquer momento na vida de uma pessoa. As vezes é comum ao se cantar para um determinado Orixá; a pessoa é vítima de tremores e sobressaltos, caindo no chão inconsciente aparentemente desmaiada. Este momento é visto como um apelo ou um pedido do Orixá à iniciação. Bolar vem de embolar, e é uma formar alterada do yorubá Bólóna (Bó, cair + lóna(n), no caminho). SE EU BOLAR TEREI DE RASPAR ? Bolonan ou Bolar com Orixá ou santo Isso irá depender do Orixá juntamente com o pai de santo (babalorixá ou Yalorixá) que irão decidir junto a um jogo de búzios ou outro método adivinhatório. No Candomblé é comum o Jogo de búzios "Meridilogun" Nesses casos, a dirigente a cobre com um pano branco (se estiver presente algum sacerdote)e ela é carregada para o interior da Casa. Lá é desvirada (acordada ou despertada) e comunicada do acontecimento. Se desejar, já permanecerá para a iniciação já para os preparamentos de uma feitura de orixá ou feitura da cabeça. Na maioria das vezes, volta para casa, ficando o assunto para ser decidido mais tarde. Se permanecer no terreiro, será na qualidade de Abíyán, uma aspirante (recém introduzida dentro do culto ou aquele que não iniciado como Elegun "feito de Orixá").
ASSIM NASCE UM ORIXA EM NÓS Se iniciar na magia do orixá é possibilitar através de rituais próprios que o lado divino da criatura transpareça; é libertar o Deus Interior que existe em cada ser humano, permitindo-lhe vir a tona e provocar impulso irresistível capaz de conduzir a individualidade à realização pessoal, estabelecendo dessa maneira a mais perfeita comunhão possível com o Universo, coma Natureza, com o Criador, enfim, com a própria Vida, em seu pulsar infinito. Corpo físico, mente e alma são ritualisticamente preparados para componentes da manifestação divina. Condições propícias são estabelecidas para que a memória ancestral possa florescer nos recessos do inconsciente, produzindo muitas vezes o transe, em suas mais variadas formas e também variados graus. "Fazer santo" é nascer de novo, renascer como indivíduo mais forte, completo, potencialmente seguro, com melhores condições para, ao abandonar medos, traumas ou bloqueios, lançar-se inteiro na busca da realização pessoal. Conhecer a si mesmo: pressuposto básico para a realização pessoal em todos os níveis. Desde sua origem o ser humano anseia pelo encontro com o Infinito. Essa busca incansável frequentemente provoca verdadeiras batalhas que são travadas no interior do indivíduo, acompanhadas por sentimentos de angústia, ansiedade, inconformismo ou até mesmo desespero frente ao desconhecido ou ao irremediável: as fatalidades e incertezas do amanhã, o ciclo da vida, a morte. Todo esse processo destina-se a criação de ambiente propício ao tão sonhado encontro. A história da humanidade espelha essa incansável busca de respostas aos enigmas da vida: Quem sou eu? De onde venho? Para onde vou? A felicidade é perseguida por todos, sendo muitas vezes um desejo alimentado pela incerteza: "Quero ser feliz, mas não sei bem o que é felicidade". E o ser humano continua a colocar a própria felicidade longe de si mesmo, em circunstâncias exteriores: dinheiro, posição, poder, fama, ou na dependência de outras pessoas: "Se ele – ou ela – me amar, serei feliz". Há milhares de anos, o nativo do continente africano já tinha os mesmos anseios: conhecer seu Deus, os mistérios do Universo, a origem da Vida. Olodumárè (o Criador), em sua Graça e Poder infinitos, permitiu-lhes conhecer a sabedoria do IFA (a revelação): a Criação do Universo e dos seres humanos, os princípios que regulam as relações entre Ilú Aiyé (a Terra) o Orún (mundo espiritual) e o conhecimento dos Òrìsa, divindades partícipes da Criação e intermediárias entre Deus (Olodumárè) e os homens. Desenvolveram-se rituais iniciáticos para os mistérios dos Òrìsà, como forma de realizar o sagrado em si mesmo, ou seja, permitir que o Deus Interior, na figura de um ancestral divino, desperte em cada indivíduo e estabeleça a ponte com o Cosmos, tão necessária à realização pessoal, tornando-o assim capaz de fazer escolhas mais acertadas e consequentes em relação à vida e aos semelhantes, na construção da própria felicidade. A compreensão clara de que destino é possibilidade e não fatalidade é a base dessa realização. O conhecimento das forças que regem o Universo e a Vida nas suas mais variadas formas e meios de manifestação, bem como dos princípios que regulam essa interação é o caminho da Iniciação. O momento do chamado é diferente para cada pessoa.. Para alguns, uma doença difícil de ser curada: outros, as dificuldades do próprio caminho; outros ainda, buscam fugir às religiões tradicionais por concluírem que muitas delas estão tão voltadas para o dia a dia dos homens e seus interesses imediatos que acabam fugindo à sua real finalidade: promover o encontro do ser com a Divindade, ampará-lo em suas dificuldades espirituais e consequentemente, também as materiais. Alguns ainda são provenientes de outras religiões ou filosofias espiritualistas; finalmente, existem aqueles que simplesmente são tocados pelo Òrìsà, nos recessos da própria alma. Muitos são descendentes de africanos, mas não é regra. Na África o culto está realmente ligado às famílias, mas no Brasil, principalmente a miscigenação, trouxe para toda a população a denominação afro-descendente. A iniciação (feitura) propriamente dita acontece num período de reclusão que varia de sete a dezessete dias (embora alguns lugares adotem 21). Essa reclusão (recolhimento) ocorre nos Templos Religiosos conhecidos como Casas de Candomblé, em aposentos próprios para tal finalidade. Esse período é comparável a gestação na barriga da mãe; nesse aspecto, o aposento sagrado representa o ventre da própria mãe natureza. O neófito aprende os mistérios básicos das divindades e da Criação; os costumes da comunidade e os princípios que regulam as relações da família religiosa (hierarquia sacerdotal); as formas adequadas de comportamento nas cerimônias públicas e restritas. Conhecimentos acerca de seu próprio Òrìsà lhe são ministrados: a maneira adequada de cultuá-lo, suas proibições (ewò), as virtudes que deverão ser cultivadas e os vícios que deverão ser evitados para atrair influências benéficas e uma relação harmoniosa com a divindade pessoal. Quando um espírito vai encarnar, são consultados os futuros pais, durante o sono, quanto à concordância em gerar um filho, obedecendo-se à lei do livre arbítrio. Tendo os mesmos concordado, começa o trabalho de plasmar a forma que esse espírito usará no veículo físico. Esta tarefa é entregue aos poderosos Espíritos da Natureza, sendo que um deles assume a responsabilidade dessa tarefa, fornecendo a essa forma as energias necessárias para que o feto se desenvolva, para que haja vida. A partir desse processo, o novo ser encarnado estará ligado diretamente àquela vibração original. Assim surge o ELEDÁ desse novo ser encarnado, que é a força energética primária e atuante do nascimento. Nesse período, os Elementais trabalham incessantemente, cada um na sua respectiva área, partindo do embrião até formar todas as camadas materiais do corpo humano, que são moldadas até nascer o novo ser com o seu duplo etérico e corpo denso. Após o nascimento, essa força energética vai promovendo o domínio gradativo da consciência da alma e da força do espírito sobre a forma material até que seja adquirida sua personalidade por meio da Lei do livre Arbítrio. A partir daí essa energia passa a atuar de forma mais discreta, obedecendo a esta Lei, sustentando-lhe, contudo, a forma e energia material pela contínua manutenção e transformação, no sentido de manter-lhe a existência. Acreditamos que ao nascer, trazemos conosco o orixá ory, que é formado pelo “eu”, mais as experiências adquiridas durante sua vida, esse ory determina tudo dentro do orixá, dizemos “ory bom, orixá bom”, porque é ele que vai permitir a entrada de qualquer energia para positivar esse ory. Um exemplo: uma pessoa que está com stress ou está muito ansiosa, o Bory vai trazer uma energia positiva, assim alterando o estado dessa pessoa, para calma e menos ansiosa. Não adianta dar nenhuma obrigação a sua cabeça, sem que antes seja feito o bory, pois ele prepara para receber a obrigação plenamente. E como? O Bory é um ritual, onde são colocados elementos que trazem símbolos e elementos com energia boa, como a fruta, que tem o significado de fartura ou até mesmo o ebò (canjica branca), que significa paz, e assim por diante. São entoados cânticos ao orixá ory, que contam como ory é importante na formação de uma pessoa. São cantadas também cantigas a Yemanjá, considerada dona de todos os orys e Oxalá, o pai de todos orixás e senhor da paz. “A sensação, depois do bory, eu posso descrever, é como se você tivesse carregando um peso nas costas durante um dia inteiro e quando chega a noite e você tira esse peso das costas e o que acontece? Você sente vontade de descasar, sente um alivio” Muitas pessoas sentem isso, e algumas sentem um sono muito grande. O uso de uma palavra que significa “dono da cabeça” (ORI-XÁ) mostra a relação existente entre o mundo e o indivíduo, entre o ambiente e os seres que nele habitam. Nossos corpos têm, em sua constituição, todos os elementos naturais em diferentes proporções. Além dos espíritos amigos que se empenham em nossa vigilância e auxílio morais, contamos com um espírito da natureza, um Orixá pessoal que cuida do equilíbrio energético, físico e emocional de nossos corpos físicos. Nós, seres espirituais manifestando-se em corpos físicos, somos influenciados pela ação dessas energias desde o momento do nascimento. Quando nossa personalidade (a personagem desta existência) começa a ser definida, uma das energias elementais predomina – e é a que vai definir, de alguma forma, nosso "arquétipo". Ao Regente dessa energia predominante, definida no nosso nascimento, denominamos de nosso Orixá pessoal, "Chefe de Cabeça", "Pai ou Mãe de Cabeça", ou o nome esotérico "ELEDÁ". A forma como nosso corpo reage às diversas situações durante esta encarnação, tanto física quanto emocionalmente, está ligada ao “arquétipo”, ou à personalidade e características emocionais que conhecemos através das lendas africanas sobre os Orixás. orixá pessoal é uma manifestação de dentro para fora, do Eu de cada um ligado ao orixá divinizado.
O PÉ DE DANÇA ? Porque ensinamos o Orixá a dançar? Ele ja não devia saber? Existe muita confusão sobre este assunto, as pessoas chegam a duvidar dos Orixas que não possuem pé de Dança. Entendam o que é realmente Pé de Dança! Um bom exemplo é Lufan. Vocês acham que lufan não tem força para ficar em pé? Que ele é fraco e debilitado? Lufan só se encurva para respeitar nosso modo de cultua-lo. Ele sabe que a nossa tradição brasileira diz que ele é velho e lento, e então ele se comporta assim por respeito. Entendam também que se algum Lufan ficar com a coluna ereta, logo vem o Zelador ou uma Ekedy que sussurra para que ele se curve, pois Lufan deve ser representado assim. Na Africa não existe isso. Cada Orixá vem da sua própria maneira, o Orixá é quem escolhe como agir. Lá Xangô pula e grita, aqui o fazemos dançar em passos ritmados. Muitas danças que temos no candomblé não são totalmente africanas, e sim inventadas no Brasil. O que traduz realmente o sentido do pé de dança é fazer o Orixá Yoruba se ajustar ao candomblé Brasileiro. Oxum na africa dança livremente. Aqui nos dizemos a ela que dance Ijexa, e somente Ijexa. O que impede que Oxum dance um Opanijé? nós. Nós a muitos anos ditamos as regras aos Orixás. Na africa o Orixa abre os olhos e fala. Aqui nos fazemos eles se calarem e cerrarem os olhos. Os Orixás são tão humildes que aceitam nossos costumes. Mas nós não devíamos ficar "formatando" os Orixás em padrões. Aqui no Brasil Oya tem que gritar ilá. Mas e a pergunta: e se Oya não quiser gritar? Se ela não fizer, o Zelador irá até ela e dirá "toda Oya grita no ilá, então a senhora também deve gritar". E ela humildemente gritará para atender as tradições da nossa terra. E assim continuamos coreografando nossos Deuses. Isso parece errado, não é? Mas o que realmente é errado, é que quando vemos um Orixá que não é padronizado, xoxamos. Vi uma incorporação de Yemonja em um vídeo gravado na Nigéria, onde ela rodopiava e gritava, e depois corria pela aldeia. Se alguma Yemonja se comportar assim aqui, nós certamente diremos "É EKÊ, É EGUN"! Julgamos sem saber. Orixá é natureza, e a natureza não é constante e sim livre. Mas no Brasil passamos a exigir que os espíritos da natureza se tornem bailarinos treinados. Ògún TEM que cortar o ar. Oyá TEM que por as mãos na cintura. Obá TEM que cobrir a orelha. Os Orixás TEM que "virar" no Alujá. Os Orixás são tão superiores que atendem a esta nova cultura chamada Candomblé sem queixar-se

quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

O POR Q DO CULTO A ORIXÁ SER CHAMADO DE CANDOMBLÉ Em 1830, algumas mulheres negras originárias de Ketu, na Nigéria, e pertencentes a irmandade de Nossa Senhora da Boa Morte, reuniram-se para estabelecer uma forma de culto que preservasse as tradições africanas aqui, no Brasil. Segundo documentos históricos da época, esta reunião aconteceu na antiga Ladeira do Bercô; hoje, Rua Visconde de Itaparica, próximo a Igreja da Barroquinha na cidade de São Salvador - Estado da Bahia. Desta reunião, que era formada por várias mulheres, conforme relatei anteriormente, uma mulher ajudada por Baba-Asiká, um ilustre africano da época, se destacou: - Íyànàssó Kalá ou Oká, cujo o òrúnkó no orixá era Íyàmagbó-Olódùmarè. Mas, o motivo principal desta reunião era estabelecer um culto africanista no Brasil, pois viram essas mulheres, que se alguma coisa não fosse feita aos seus irmãos negros e descendentes, nada teriam para preservar o "culto de orixá", já que os negros que aqui chegavam eram batizados na Igreja Católica e obrigados a praticarem assim a religião católica. Porém, como praticar um culto de origem tribal, em uma terra distante de sua ìyá ìlú àiyé èmí, ou a mãe pátria terra da vida, como era chamada a África, pelos antigos africanos? Primeiro, tentaram fazer uma fusão de várias mitologias, dogmas e liturgias africanas. Este culto, no Brasil, teria que ser similar ao culto praticado na África, em que o principal quesito para se ingressar em seus mistérios seria a iniciação. Enquanto na África a iniciação é feita muitas vezes em plena floresta, no Brasil foi estabelecida uma mini-África, ou seja, a casa de culto teria todos os orixás africanos juntos. Ao contrário da África, onde cada orixá está ligado a uma aldeia, ou cidade por exemplo: Xangô em Oyó, Oxum em Ijexá e Ijebu e assim por diante. Mas, por que esse culto foi denominado de CANDOMBLÉ? Este culto da forma como é aqui praticado e chamado de Candomblé, não existe na África. O que existe lá é o que chamo de culto à orixá, ou seja, cada região africana cultua um orixá e só inicia elegun ou pessoa daquele orixá. Portanto, a palavra Candomblé foi uma forma de denominar as reuniões feitas pelos escravos, para cultuar seus deuses, porque também era comum chamar de Candomblé toda festa ou reunião de negros no Brasil. Por esse motivo, antigos Babalorixás e Yalorixás evitavam chamar o "culto dos orixás" de Candomblé. Eles não queriam com isso serem confundidos com estas festas. Mas, com o passar do tempo a palavra Candomblé foi aceita e passou a definir um conjunto de cultos vindo de diversas regiões africanas. A palavra Candomblé possui 2 (dois) significados entre os pesquisadores: Candomblé seria uma modificação fonética de “Candonbé”, um tipo de atabaque usado pelos negros de Angola; ou ainda, viria de “Candonbidé”, que quer dizer “ato de louvar, pedir por alguém ou por alguma coisa”. Candomblé da Nação Ketu Candomblé da Nação Jeje Candomblé da Nação Angola Candomblé da Nação Congo Candomblé da Nação Muxicongo A palavra “Nação” entra aí não para definir uma nação política, pois Nação Jeje não existia em termos políticos. O que é chamado de Nação Jeje é o Candomblé formado pelos povos vindos da região do Dahomé e formado pelos povos mahin. Os grupos que falavam a língua yorubá entre eles os de Oyó, Abeokuta, Ijexá, Ebá e Benin vieram constituir uma forma de culto denominada de Candomblé da Nação Ketu. Ketu era uma cidade igual as demais, mas no Brasil passou a designar o culto de Candomblé da Nação Ketu ou Alaketu. Esses yorubás, quando guerriaram com os povos Jejes e perderam a batalha, se tornaram escravos desses povos, sendo posteriormente vendidos ao Brasil. Quando os yorubás chegaram naquela região sofridos e maltratados, foram chamados pelos fons de ànagô, que quer dizer na língua fon “piolhentos, sujos” entre outras coisas. A palavra com o tempo se modificou e ficou nàgó e passou a ser aceita pelos povos yorubás no Brasil, para definir as suas origens e uma forma de culto. Na verdade, não existe nenhuma nação política denominada nàgó. No Brasil, a palavra nàgó passou a denominar os Candomblés também de Xamba da região norte, mais conhecido como Xangô do Nordeste. Os Candomblés da Bahia e do Rio de Janeiro passaram a ser chamados de Nação Ketu com raízes yorubás. Porém, existem variações de Nações, por exemplo, Candomblé da Nação Efan e Candomblé da Nação Ijexá. Efan é uma cidade da região de Ilexá próxima a Osobô e ao rio Oxum. Ijexá não é uma nação política. Ijexá é o nome dado às pessoas que nascem ou vivem na região de Ilexá. O que caracteriza a Nação Ijexá no Brasil é a posição que desfruta Oxum como a rainha dessa nação. Da mesma forma como existe uma variação no Ketu, há também no Jeje, como por exemplo, Jeje Mahin. Mahin era uma tribo que existia próximo à cidade de Ketu. Os Candomblés da Nação Angola e Congo foram desenvolvidos no Brasil com a chegada desses africanos vindos de Angola e Congo. A partir de Maria Néném e depois os Candomblés de Mansu Bunduquemqué do falecido Bernardino Bate-folha e Bam Dan Guaíne muitas formas surgiram seguindo tradições de cidades como Casanje, Munjolo, Cabinda, Muxicongo e outras. Nesse estudo sobre Nações de Candomblé, poderia relatar sobre outras formas de Candomblé, como por exemplo, Nàgó-vodun que é uma fusão de costumes yorubás e Jeje, e o Alaketu de sua atual dirigente Olga de Alaketu. O Alaketu não é uma nação específica, mas sim uma Nação yorubá com a origem na mesma região de Ketu, cuja sua história no Brasil soma-se mais de 350 (trezentos e cinquenta) anos ao tempo dos ancestrais da casa: Otampé, Ojaró e Odé Akobí. A verdade é que o culto nigeriano de orixá, chamado de Candomblé no Brasil, foi organizado por mulheres para mulheres. Antigamente, nas primeiras casas de Candomblé, os homens não entravam na roda de dança para os orixás. Mesmo os que tornavam-se Babalorixás tinham uma conduta diferente quanto a roda de dança. Desta forma, a participação dos homens era puramente circunstancial. Daí ter-se que se inserir no culto vários cargos para homens, como por exemplo, os cargos de ogans. Hoje, a palavra Candomblé define no Brasil o que chamamos de culto afro-brasileiro, ou seja: “UMA CULTURA AFRICANA EM SOLO BRASILEIRO”.
DEUSES DA RIQUEZA Na cultura daometana, encontramos como Deuses da Riqueza, um casal de gêmeos que foram enviados a terra por Mavu e Lissa, para que ajudassem à humanidade. Os gêmeos Da Zodji e Nyohwe Ananu foram os primeiros Voduns a nascerem e após chegarem a terra, deram origem a uma linhagem de Voduns ricos e guerreiros. Cabem a esses Voduns guerreiros, ajudarem a todas as pessoas que recorrerem a Da Zodje e a Nyohwe Ananu, a chegarem até eles, isso é caso algum caminho ou energia do solicitante estiver atrapalhando o intercâmbio entre ele e os Deuses da Riqueza, esses Voduns mostram os ebós que deverão ser feitos para que ele alcance os Deuses gêmeos. Quando chegaram a Terra, Da Zodji e Nyohwe Ananu habitaram o mar, onde acharam as maiores riquezas da Terra. Nyohwe Ananu, muito feminina, encantou-se com as conchas e os caramujos que encontrou e ficava extasiada ao ouvir o som do mar dentro dos caramujos. Seu irmão mandou que trouxessem todos os caramujos e conchas para o palácio deles para agradar Nyohwe Ananu. De tanto Nyohwe insistir para que Da Zodji ouvisse o som dos caramujos esse atendeu seu apelo e também se encantou. Daí por diante, os dois passavam todo o tempo ouvindo esse som e não mais prestavam atenção aos pedidos das pessoas. Incomodados com essas atitudes dos Deuses gêmeos, seus descendentes resolveram consultar um bakono. O bakono consultou Fá e esse mandou que todos pegassem um caramujo para si e que quando quisessem falar com os Deuses da riqueza, falassem dentro do casco do caramujo, pois somente assim Da Zodji e Nyohwe Ananu os ouviriam. Os descendentes obedeceram a Fá e passaram a falar com os Deuses dentro dos caramujos e, alguns deles, começaram a colecionar caramujos por acreditarem que quanto mais caramujos tivessem, mais poderiam conversar com eles. Esse procedimento causou um pouco de confusão na vida dos Deuses da Riqueza, pois, quando as pessoas falavam com Da Zodji a irmã também ouvia e vice-versa. Então, eles estabeleceram o seguinte: “Que cada um tivesse em seu poder dois caramujos”. “Um deveria ficar deitado e nesse, os pedidos à Nyohwe deveriam ser feitos e o outro caramujo deveria ficar em pé e nesse, os pedidos à Da Zodji deveriam ser feitos”. Deram também a opção de usarem os caramujos de uma maneira só e se comunicarem apenas com um dos Deuses.
A DANÇA DO VENTO As danças dos orixás são diferentes entre elas. O sentido profundo das danças, como do ritual em geral não pode ser completamente descoberto, porque existem vários significados estratificados e alguns são perceptíveis apenas pelos iniciados. Nas coreografias de Oiá, os passos são pequenos e rápidos, ela é o elemento ar em movimento, enquanto os braços movimenta-se com força afastando qualquer um da sua frente. O corpo pode ser dobrado para o chão, com uma carga muito ameaçadora, mais freqüentemente é direcionado para o alto. Como diz Augras (1983:153): “pode-se observar muitos detalhes que sugerem a fusão, na figura de Oiá-Iansã, de várias divindades, de origens diversas”. A Oiá relacionada com Oxossi, “... foi provavelmente uma deusa agrária, ligada aos cultos da fecundidade e do boi”. Oiá viveu em várias épocas, por isso possui ligações com vários orixás masculinos. O fato de ser uma mulher-búfalo deixa bem claro a sua ligação com uma era pré-histórica antiga e a sua relação com Oxossi, rei do mato e com Ogum da mesma estirpe de Odê, o caçador. A sua ligação com Xangô originam-se dá descoberta do fogo que ela doa aos homens. A ligação com Ogum é esclarecida também pelo seu trabalho junto com ele na forja, para manipular o ferro. Enfim, sabe-se que de Omolu, a livre deusa recebe o poder sobre os Eguns, que, em algumas lendas, seriam os próprios filhos de Oiá-Iansã. Todos esses aspectos e outros mais são expressados nas suas danças nas quais existem os seguintes aspectos gerais: 1) - um movimento circular no começo para delimitar o espaço sagrado, no qual ela concentra as energias da natureza: o ar, a água e o fogo. Essa rotação é feita também com movimentos dos braços que viram com o corpo todo, e simbolizam o ar que, em movimento, torna-se vento e, sempre mais rapidamente, furacão e tempestade(água); 2) - um movimento com linhas quebradas e continuamente mutante de direção. Como me explicou uma filha de santo, “o ar está em todo lugar, em cima, embaixo, de lado, em qualquer lugar”. Por seguir o movimento do ar, Oiá-Iansã encontra sempre novas direções, possui o espaço sagrado e ocupa-o agressivamente; 3) - um movimento nervoso, com impulsos súbitos e rápidos, que descreve a eletricidade e a impaciência dessa energia; 4) - um movimento fluido e leve, que expressa o ar leve e a doçura do orixá, levando os espíritos dos mortos ao orum. O primeiro movimento pode ser entendido a partir da discussão anterior sobre a roda sagrada. Aponta a construção de um espaço mágico, onde se concentra e onde se fazem concentrar as forças da natureza. Também o redemoinho que Oiá-Iansã faz sobre si mesma è o movimento do elemento ar. Ela ocupa muito espaço, sobretudo ao nível horizontal. Às vezes, abre os braços, puxa a cabeça para trás e roda sobre si mesma, desenhando uma espiral com o próprio corpo. Deixa claro, através da sua postura firme, que precisa de muito espaço e que é dona deste. A utilização do espaço é diferente da observada nos outros orixás femininos, Iemanjá e Oxum, que dançam com movimentos de menor dimensão horizontal. Quando Iemanjá locomove-se como onda, por exemplo, ela ocupa um espaço mais em vertical e também seu movimento é um andar e um vir para si mesma, é um movimento mais introspectivo, mais ligado à interioridade, enquanto Oiá-Iansã movimenta-se para o exterior, ela é mais ligada à ação. Quanto ao terceiro aspecto, Oiá-Iansã movimenta-se em diagonal. Anda pelo barracão, sem uma meta precisa, qualquer coisa nova a seduz e provoca um repentino câmbio de direção. Esse movimento transmite o frêmito e a curiosidade de Oiá, que está sempre a procura de algo ou de alguém. Pode parecer quase desesperada, nesse seu andar sem meta e com tanta energia. Oiá é um orixá jovem e guerreiro, que abre os caminhos, lutando e limpando as marcas dos Eguns em qualquer lugar. guardião do peji vanderlei de odé perfil 2 - 1 de junho de 2011 - denunciar abuso O último aspecto é a leveza que ela expressa quando afasta os mortos, transporta algo, ou abre o caminho para os seus devotos. Nessa sua qualidade, ela parece mais flexível. Aqui demonstra a sua generosidade, transportando as almas ao orum, para uma nova vida.
O JEJE NA ÁFRICA A história do desenvolvimento do império crescente do Dahomey é indispensável para compreendermos os Voduns, precisamente a quebra e a migração do Ewe/Fon. Alguns estudiosos da cultura africana achavam que todos os Voduns cultuados em Dahomey eram deuses originários dos yorubanos. Um equívoco! Trata-se simplesmente de uma troca de atributos culturais de cada região. Em todas as regiões, os deuses africanos são louvados, sejam ancestrais ou vindos de outras regiões, mas preferencialmente cada região cultua seus próprios deuses, os ancestrais. Os deuses estrangeiros podem ser aceitos inteiramente nos santuários dos Voduns locais, embora permaneçam sempre como estrangeiros. O mesmo tratamento é dado em terras yorubanas aos Voduns originários de outras regiões. Dahomey, cuja capital era Abomey, foi o principal reino da história do atual Benin. Seu poderio militar formado por bravos guerreiros e amazonas era temido por todos os reinos vizinhos que foram sendo conquistados. O exército do rei era dividido em duas partes: o regimento permanente e o regimento das coletas tribais (prisioneiro). Esses prisioneiros eram treinados para serem guerreiros do rei e as mulheres, em especial, eram enviadas ao regimento das amazonas onde aprendiam a lutar. Os prisioneiros que se negavam a aderir as causas do rei eram sumariamente executados ou vendidos como escravos. Os chefes das tribos conquistadas ficavam reservados para serem executados durante o festival anual de ancestrais, em memória dos reis mortos. Suas cabeças eram decapitadas e seu sangue oferecido aos falecidos reis. Essa pratica aconteceu do séc. XVI até o séc. XVII. O reino de Dahomey foi o maior exportador de escravos para o nome mundo. Adja-Tado foi quem começou esse grande império de Dahomey. Primeiro conquistou a cidade de Adja onde se tornou rei, casou e teve 3 filhos. Quando seus filhos já eram guerreiros, Adja-Tado foi a Allada junto com eles e estabeleceu o reino de Allada. Seus filhos se dividiram e estabeleceram reinos separados e tornaram-se reis. O primogênito Zozergbe foi rei de Porto Novo, o segundo filho foi sucessor de Adja-Tado no trono de Allada e o terceiro filho, Aklim fundou o que mais tarde seria o principal reino da região. Aklin foi para Ghana e Bahicon (agora Benin, sul-central), com seu exército, e estabeleceu uma outra dinastia, a cidade de Abomey, que foi a capital do império militar, conhecida como Dahomey. Dahomey foi governada por um total de treze reis divinizados, por quase dois séculos. Agassu, que era um dos líderes do império, dizia ser filho de um leopardo com a princesa de Tado, Aligbonon. Ela teria sido encantada por esse leopardo originando o nascimento de Agassou. Agassou teve três filhos e deu início a uma linhagem de homens leopardo.
ERVAS: HISTÓRIA E RITO Vem dos tempos mais primórdios, a história da utilização das plantas, tanto é que os próprios animais, quando apresentam alguma enfermidade, buscam ervas para auto-tratamento. Também o ser humano assim o fez, desde sempre. É certo que doenças sempre existiram, e que, ao longo do tempo, foram sendo divididas em outras tantas. Certo também que a alopatia (medicina convencional) não nasceu junto com o primeiro "homus sapiens" a habitar o Planeta. Desta forma, como os seres primórdios curavam suas doenças, senão pela utilização das ervas existentes? Partindo-se deste raciocínio, não se precisa ir tão longe, para se concluir que as plantas sempre acompanharam o ser humano, seja na alimentação (auto-subsistência), quanto no tratamento de suas doenças. Junto com isso, foram surgindo, como é de conhecimento histórico, as tribos, os guetos, já que, cientificamente, tem-se conhecimento hoje de que a vida humana surgiu mesmo no Continente Africano. Dentro desta visão, sabe-se também, através dos historidadores, que buscam resgatar a história humana no seu princípio, que, em cada tribo, ou gueto, haviam os denominados hoje "curandeiros". A partir dos rituais desenvolvidos, novamente as ervas foram inseridas em todo o processo histórico. Baseando-se neste conhecimento, tem-se a idéia exata da dimensão da importância de todas as plantas. Inclusive, cientificamente, já se descobriu até a "aura" de cada planta, através de equipamentos especiais que captam até as diferenças vibracionais de cada erva. Com todos esses elementos reunidos, é impossível que, ainda hoje, as criaturas humanas não valorizem o conhecido "chazinho", ou até, quem sabe, não utilizem as cascas, os frutos, as folhas, ou mesmo as flores e as raízes, em outras atividades. No Candomblé, a árvore em si é de suma importância, tanto que existem as árvores sagradas, desde a raiz, até o caule, as folhas e os frutos. Os vegetais são imprescindíveis na prática religiosa. O ritual das ervas é importante como elemento nos trabalhos espirituais. As folhas podem ser utilizadas, tanto secas, como verdes. O caule é utilizado como marco numa Casa de Santo e como sustentação em tenda, etc. A raiz é direcionada em cada fim ritualístico. As ervas, com seus elementos vitais, trazem a essência para o crescimento espiritual.Cada elemento é atribuído à determinada natureza, de acordo com a essência de cada Vodum, Orixá ou Inkice. Sem os rituais das ervas, não seria possível o mínimo trabalho dentro de uma Casa de Santo. Em tudo, a erva sempre presente, aproximando a essência de cada Ser Espiritual.
FUNDAMENTOS DOS ORIXÁS Origens No período da escravidão, os escravistas eram interessados exclusivamente na força de trabalho do africano, mas nos porões dos navios negreiros, além de músculos, vinham ideias, sentimentos, tradições, mentalidades, hábitos alimentares, rituais, canções, crenças religiosas, formas de ver a vida, e o que é mais incrível, o africano levava tudo dentro de sua alma, pois não lhe era permitido carregar seus pertences. Da Nigéria e do Benin vieram as principais raízes dos cultos afro-brasileiros, o Candomblé da Bahia, o Xangô de Pernambuco, o Tambor de Mina do Maranhão e o Batuque do Rio Grande do Sul, os quais possuem fortes vínculos de origem com as crenças religiosas dos povos de língua iorubá e fon. Em Ouida, onde ficava um dos grandes portos de embarque de escravos, os negros percorriam um caminho de cinco quilômetros da cidade até o porto. Neste percurso todo escravo que era embarcado, eram obrigados a dar voltas em torno de uma árvore. A árvore do esquecimento. Os escravos homens deviam dar nove voltas em torno dela. As mulheres sete voltas. Depois disso supunha-se que os escravos perdiam a memória e esqueciam seu passado, suas origens e sua identidade cultural, para se tornarem seres sem nenhuma vontade de reagir ou se rebelar. Mas, o escravo não esquecia nada, porque quando chegou aqui recriou suas divindades. Conseguiu refazer tudo aquilo que ficou para traz. Hoje, nos diversos estados brasileiros se tem verdadeiras ilhas de África, pois se mantém muito vivas as tradições religiosas iorubá e jêje. Devido à multiplicidade nas origens, a estruturação e a prática dos rituais tomaram formas diferentes em cada região do país. No Batuque do Rio Grande do Sul, também, os religiosos pertencem a nações diversas, portanto, possuem tradições diferentes. Todavia, a influência da nação Ijexá é grande no conjunto dos rituais africanos executados nos terreiros de origem Jêje, Oyó e Cabinda. Orixás Orixás, regentes do mundo terrestre com várias definições a seu respeito, mas em princípio os Orixás são divindades intermediárias entre o Deus Supremo, Olorum, e o mundo terrestre. Foram encarregados de administrar a criação e a continuidade da vida na terra. Os Orixás se comunicam com os seres humanos através de vistosos e complexos rituais. As estórias de cada um são conhecidas através das rezas (cânticos), suas comidas, no ritmo de seus toques, nas suas cores e seu domínio em determinadas forças da natureza. Os Orixás estão subordinados a um Deus Supremo chamado Olorum ou Olodumare, mas não há nenhum culto ou altar dirigido diretamente à ele, o contato é feito através dos Orixás, seus intermediários. Nossa tradição guarda o axé (força) de cada Orixá em um Okutá (pedra) que é colocada em uma vasilha junto a outras “ferramentas”, que ficam sob a guarda do babalorixá ou Yalorixá; mas a força maior está solta na natureza, apenas parte dela, simbolicamente fica no Okutá. Nas cerimônias para convocar os Orixás, tradicionalmente, é através de cantos acompanhados com o toque dos tambores, com ritmos identificados para cada divindade. As cerimônias são diversas, são ofertados presentes, comidas diferentes para cada um e sacrifícios que envolvem animais de quatro pés e aves; tirando a parte dos Orixás toda carne é consumida pelos participantes e membros da comunidade. Aos orixás rogam-se proteção, saúde, paz, em fim, pedidos específicos às necessidades de cada um em particular. Os Orixás intercedem de acordo com o domínio que cada um exerce sua influência no aspecto da vida, como por exemplo, Bará para abrir os caminhos, Xangô para justiça, Oxum para fertilidade e assim por diante. É magnífico poder escrever sobre a religião africana, mas há rituais muito particulares, nos quais alguns praticantes, não estão se preocupando em guardar o segredo, alguns estão colocando em público, rituais que os antigos levariam anos, até passarem para aqueles que mostravam sigilo absoluto, e que guardariam para confidenciar apenas aos seguidores de merecimento. Todas as religiões importantes do mundo doutrinam e ensinam, mas os maiores segredos um mestre só passa para outro mestre. Existem aspectos cerimoniais que regulam o relacionamento dos serem humanos com as divindades. As regras são muitas, numa espécie de quebra cabeças, com começo, meio e fim, montado com interpretações simbólicas dos mitos que envolvem os orixás, e constituem uma grande rede interligada de deveres e direitos, obrigações e possibilidades, extremamente complexa e cheia de nuanças, inclusive possibilitando diversas variações que só quem é do meio pode saber e executar. A forma organizada na África deve ser perpetuada. Não temos o direito de mudar algo estabelecido a séculos, mesmo que queiram rotular nossos rituais de primitivos e ultrapassados, temos que procurar manter a força espiritual que envolve nossa religião, esta poderosa raiz deixada por nossos ancestrais. Um caminho que nos faz ter contato com os orixás é através da incorporação; este é o processo pelo qual a entidade se manifesta em seu filho(a) que passou pelos mais diversos rituais de iniciação. Contudo há casos de incorporação de não iniciados. É possível uma pessoa estar assistindo um ritual pela primeira vez e se identificar com as forças espirituais energéticas referentes ao seu orixá, e ter esta manifestação espontânea. Na maior parte, a manifestação dos orixás acontece em dias de festas. No batuque, nestas ocasiões, podemos falar; pedir auxílio, consultar, abraçar e ser abraçado por eles; em fim pode-se ter um contato direto com os orixás. Uma característica específica que diferencia o batuque das demais religiões afro-brasileiras é o fato do iniciado não saber, em hipótese alguma, que é incorporado pelo orixá. Esta peculiaridade provém de longínquas aldeias do interior da África, e faz parte dos rituais desde o início da estruturação da religião no Estado do Rio Grande do Sul a mais de duzentos anos. Outro caminho que nos leva aos Orixás são os Búzios. A cerimônia do jogo dos Búzios é o instrumento usado no dia a dia para consulta aos Orixás. Através dele podemos receber orientações, conselhos e advertências. Os Orixás cultuados no Batuque do Rio Grande do Sul são: Bará, Ogum, Oyá ou Iansã, Xangô, Ibêji, Odé, Otim, Obá, Ossãe, Xapanã, Oxum, Yemanjá e Oxalá. BARÁ Mensageiro divino, guardião dos templos, casas e cidades. É o dono de todas as portas, de todas as chaves e de todos os caminhos. É reverenciado em primeiro lugar em todos os terreiros de nação africana. Recebe suas oferendas nas encruzilhadas. Se estiver atrapalhado, sem emprego, sem rumo, ou deseja realizar qualquer tipo de negócio se apegue com este Orixá, o Bará pode te dar a solução. Não existe nenhum terreiro de tradição africana que não tenha o assentamento do Bará. Ele é o princípio e o fim de tudo, até após a morte de um iniciado na religião, o primeiro a receber ritual é o Bará. Bará em Yorubá quer dizer força; se for bem tratado reage favoravelmente em prol de quem lhe oferendou. Olorum concedeu ao Bará o privilégio de receber as oferendas em primeiro lugar. Sem ele nossas orações não seriam ouvidas por nenhum outro Orixá, nem mesmo no orum. O dia da semana consagrado ao Bará é a segunda-feira, sua cor principal é o vermelho. Os Barás cultuados no Batuque do Rio Grande do Sul são: BARÁ LODÊ: Exu Lodê tem seu assentamento feito do lado de fora do templo. Divide sua morada com Ogum Avagãn. É o Orixá que mantém a estrutura do templo; a sustentação dos terreiros depende do Bará Lodê. BARÁ ADAGUE: Recebe suas oferendas nas encruzilhadas; seu assentamento é feito dentro do templo; é um dos mais requisitados, pois faz a frente de Ogum, Oyá, Xangô, Odé, Otim, Obá, Ossãe e Xapanã. BARÁ LANÃ: Trabalha nos cruzeiros (encruzilhadas). Tem as mesmas atribuições do Bará Adague. Responde também nos cruzeiros de mato. BARÁ AJELÚ: Este é o exu que faz a frente dos Orixás de água, Oxum, Yemanjá e Oxalá. Além do epô (azeite de dendê) usa-se mel nas suas oferendas. Ogum Ogum é uma antiga divindade yorubá, senhor da guerra e do ferro; privilegiado com o dom de dominar os metais. Foi um dos primeiros Orixás a descer para a terra e encontrar habitação adequada para os humanos no futuro. Trabalhava dia e noite em sua forja para servir todos os humanos. Suas mãos hábeis transformaram tudo que foi colocado diante dele. Sua capacidade de criar surpreendeu os outros Orixás. Ogum também é ligado à agricultura, mas no Brasil é mais conhecido com deus dos guerreiros. Ogum é a figura que se repete em quase todas as formas conhecidas de mitologia universal; é um dos mais cultuados especialmente por ser associado à luta, à conquista; assim como Bará é a figura mais próxima dos seres humanos que o invocam para vencer a constante luta cotidiana na terra. Ogum, além de ser deus da metalurgia e da tecnologia, é o patrono da força produtiva que retrabalha a natureza, que transforma através do calor e das repetidas batidas um mineral bruto (ferro) no aço laminado e suas manifestações práticas (lança, escudo etc.), aplicadas por extensão, a qualquer transformação que o homem provoca na natureza para deixá-la, produtivamente, à sua disposição. Ogum é considerado protetor de todos os guerreiros, e sua relação com os militares tanto vem do sincretismo realizado com São Jorge, o santo guerreiro católico, associado às forças armadas, como da sua figura de comandante supremo yorubá. Enquanto Xangô julga o certo e o errado depois do fato consumado, Ogum é empreendedor e decidido, é o que faz justiça com as próprias mãos, jamais deixando para outro o que julga ser um problema seu. Quando irado, é implacável, apaixonadamente destruidor e vingativo. Quando apaixonado, sua sexualidade é devastadora, que não se contenta em esperar e nem aceita rejeição. Fora da guerra, é um Orixá da alegria, da diversão, da delícia de viver, especialmente do contato com os amigos e camaradas etc. No Rio Grande do Sul cultuamos várias qualidades de Ogum, entre eles estão o Ogum Avagãn, que tem seu assentamento junto com o Bará Lodê, e seus otás ficam do lado de fora do templo em uma casa individual; Ogum Onira ou onirê, que seria o rei da cidade de Irê; e Ogum Adiolà, que faz companhia aos Orixás de água, Oxum, Yemanjá e Oxalá. Todos Babalorixás e Yalorixás têm que ter o assentamento de Ogum em seu terreiro, pois sem ele não poderiam fazer uso do axé de obé (faca) em seus rituais. Suas cores são o vermelho e verde, porém, alguns sacerdotes da antiguidade usavam também o azul marinho em seus fios de contas. O dia de Ogum é quinta-feira, e o sincretismo é com São Jorge. Oya / Iansã Oyá é a primeira entidade feminina a surgir nas cerimônias. Esposa de Ogum, largou-o quando se deixou fascinar pelo magnetismo de Xangô. Nesse ponto as lendas se dividem. Algumas atribuem à Iansã uma imensa e terrível paixão por Xangô, sentimento este que se manifesta através de sua eterna presença ao lado dele. Dado o seu caráter extrovertido, Iansã permanecia ao lado de Xangô não só no dia-a-dia cotidiano, mas também nas guerras, nas caçadas e qualquer outra situação. Há diversas lendas a respeito deste triangulo amoroso mais conhecido do batuque, de qualquer forma, a paixão de Ogum por Iansã sobreviveu à separação. De acordo com as diferentes interpretações, tornaram-se inimigos de morte por causa disso. Os duelos entre Ogum e Oyá constituem uma das cerimônias coreográficas mais bonitas dos terreiros brasileiros. Além de Xangô, Oyá é o único orixá que não teme os Eguns, é a guardiã do reino entre a vida e a morte, é ela quem dá assistência na transição final; ela pode reter o espírito da morte ou chamá-lo adiante, ela é o último suspiro. Oyá rege os cemitérios e os mortos. Ninguém quer enfrentar Iansã numa batalha por que ela é tão feroz e astuta como qualquer homem, nem um outro Orixá quer lidar com a ira de Oyá. Não há receios à Oyá, exceto Xangô. Ela é conhecida por sua inteligência, independência, coragem, graça, sensualidade, poder e paixão intensa. É dito e conhecido que Oyá é muito leal aos seus filhos e perigosa para seus inimigos. Ela pode vir tão suave e fresca como uma brisa de verão ou violenta e cruel como um furacão e causar devastação total em seu mundo. Olorum deu à Oyá a responsabilidade a responsabilidade de limpar a atmosfera ao redor do planeta e proporcionar o equilíbrio de gases para sustentar toda forma de vida. Embora Oyá seja forte e guerreira brilhante, ela também é bonita e elegante. Ela gosta do calor da batalha, tanto como Xangô, mas nunca perde sua feminilidade. Seu sincretismo é com Santa Bárbara; seus dias da semana são terça e quinta-feira e suas cores são o vermelho e o branco. qualidades de Odé mais cultuadas no candomblé ketu Akueran é um Odé que quando bem fundamentado, traz muita prosperidade, tanto para a iyawo, quanto para o ile axe. Dana Dana é um Odé difícil de lidar, e por isso muitos Sacerdotes não gostam de iniciar pessoas deste Orixá. Isambo caminha com Omolu. Onikunle é um Odé das montanhas. Aberunja é um pescador. Kare tem uma forte ligação com Oxun e toda sua fundamentação caminha nesse sentido. Inle/Ibualamo, para alguns axés são qualidades diferentes de Odé, para outros são o mesmo Orixá. ODÉ INLE-Na África, Erinle tinha o seu próprio culto. No Brasil, Erinle foi incorporado ao culto de Oxossi.assim como ibualamo SOBRE ODÚ OBARÁ importante comentário sobre o Odu Obara. Obará é o Odu onde nasceu a vida humana e espiritual. É por este Odu que podemos compreender melhor os assentamentos de Orixás. Obara quer dizer: "rei do corpo"(físico e espiritual). Um Assentamento só pode ser feito através de um de um ritual, que envolve uma grande variedade de materiais, folhas, rezas, animais... tudo ligado ao fenômeno da natureza que se quer Assentar, ou seja: tudo ligado ao Orixá que se quer assentar. O Orixá, vendo e gostando daquilo que está sendo feito no ritual, vai se aproximando e tomando "vida". Ficando aquele assentamento(que representa o "corpo" do Orixá), impregnado com a sua essência. Portanto, assentar um Orixá é dominar um fenômeno da natureza, para que nos traga benefícios através dos presentes que lhe são ofertados, para que nos traga: equilíbrio, vida longa, prosperidade, felicidade, filhos, vitórias... Enfim, as coisas boas da vida. oxossi não come a cabeça dos bichos O Ori(cabeça) dos animais de Oxossi são um Ewo, uma interdição desse Orixá. Oxossi não come a cabeça dos bichos! Vamos descrever o mito que explica por quê não se oferece o Ori(cabeça) dos bichos à Oxossi. Comemorando uma caçada vitoriosa, Oxossi deu uma grande festa. Matou um boi e colocou a cabeça na porta do palácio. Todos os Orixás se faziam presentes na grande festa; Oxum com sua faceirice encantava a todos; Yemanjá com sua elegância, coberta de jóias; Xangô dançava freneticamente ao som dos tambores... Os bandidos da aldeia vizinha souberam da grande festa dada por Oxossi, e se puseram à espreita, aguardando o momento certo para saquear o palácio. Avançaram, mas quando chegaram na entrada do Palácio, a cabeça do boi mugiu, avisando a presença dos inimigos, os quais foram imediatamente pegos e mortos, ficando o palácio salvo do saque. Desse dia em diante, Oxossi exigiu que não se oferecesse cabeças em seus rituais. E em consideração passou a cultuar o boi como um animal sagrado. Apenas uma qualidade de Oxossi aceita a cabeça do boi. Tanto no culto africano, quanto no candomblé, a palavra tem grande importância e poder. A cultura Yorubá é realmente fantástica! As palavras, cantadas ou faladas, impulsionam o Axé. Ressaltamos porém, que Eshu é capaz de entender qualquer idioma. Mas devemos reconhecer as pérolas que nos foram trazidas pelos africanos no idioma Yorubá: orins, adurás, gbadurás, orikis e ofós. Se entendemos o que estamos cantando, rezando ou falando, fica mais fácil aprender o nosso Culto. Além de podermos sincronizar melhor o nosso sentimento, e desta forma, impulsionar com mais força o Axé do ritual que está sendo feito. Assim, com certeza, os bons resultados virão mais rápido. yansã-oyá Yansan é uma Iyagba que dependendo da sua qualidade irá se ligar a diferentes elementos da natureza. Apresentando com isto, diferenças marcantes na forma de Cultuá-la, inclusive em seus toques e danças. Oya Onira, por exemplo, é um caminho de Oya que come dentro da água. Este é um fundamento muito importante dessa poderosa Iyagba. Fazer os fundamentos específicos de cada caminho de Oya é muito importante, para que possamos com segurança atrair toda a sua positividade. Tanto para a Iyawo, como para o Ilê Axé. guardião do peji vanderlei de odé perfil 2 - 22 de agosto de 2011 - denunciar abuso O JOGO DE BÚZIOS Seguindo em frente: a única forma de se comunicar com os Orixás é através de Ifá. No Brasil o Jogo de Búzios é o mais utilizado pelos Sarcedotes de Orixás do Candomblé, para estabelecer uma espécie de conversa com as Divindades. Muitos dizem que pelo arquétipo ou através de cálculos matemáticos é possivel confirmar o Orixá de uma pessoa. Mas a única forma de confirmar Orixá é através do Jogo de Búzios, é através de Ifá. Os arquétipos de Orixás e as características que eles imprimem em seus filhos, foi trazida para o Brasil por Pierre Verger. Realmente o Orixá imprime sua marca no filho. Mas o Orixá tem as suas características mudadas, de acordo com o Odu que ele vem. E aí a coisa se complica e pode levar a um erro. Temos sempre que considerar o Odu que o Orixá vem. Um mesmo Orixá pode apresentar caracterícas bem diferentes, pelo fato de virem por Odus diferentes. CULTUANDO O ORIXÁ Para cultuar um Orixá, uma Energia da Natureza, épreciso saber as rezas, as cantigas, os orôs, os ebós... e os objetos utilizados para o culto daquele Orixá. Melhor ainda, é saber o significado que cada objeto utilizado representa dentro do culto. Ha um Mito, até bem conhecido, onde Yansan assume duas formas: uma "humana" e outra "animal". Sendo esta outra forma(animal), um outro Poder de Yansan. Mas aí, você me diz que não está entendendo. Então, eu vou explicar melhor. Quando cultuamos um Orixá, tudo é feito com o objetivo de agradar aquele Orixá, para que ele goste do que está sendo feito, para que ele chegue e para que ele retribua com positividades. E você diz: mas Robson, e o Mito? O que é que o Mito tem haver com isso? Vamos lá: são através dos Mitos que conhecemos osfeitos e as características de um Orixá, ou seja: são através dos Mitos que conhecemos e entendemos importantes fundamentos de um Orixá. O Mito a que me referi e que mostra o poder que Yansan tem de se transformar, nos revela um objeto de grande fundamento no Culto de Yansan: os chifres de búfalo. Os Chifres de Búfalo não podem ou não devem faltar no Culto de Yansan. Os Chifres de Búfalo representam o seu Duplo Poder.
o por q de se calçar um cabrito.. O sentido de se calçar o cabrito "erezin" está ligado principalmente a infância do orixá ou seja, quando o orixá nasce ele faz o dandá que pode ser entendido como o gatinhar de uma criança, depois acrescenta-se os bichos de pena "orim" , para indicar que depois da infância andamos com dois pés, lembrando que todo ritual passa por uma simbologia da-se o cabrito porque o mesmo morre com a dignidade do homem, da-se o "adies" frangos para que ele se lembre de pisar com firmeza no chão sobre suas duas pernas, da-se a "etum" que tem duplo significado ,ou seja, o formato de pirámide do osu da cabeça da etum estabelece a relação entre o céu e a terra, já o sangue mostra-se de todos o mais forte, contrariando portanto, o que grita a propria etum ( tó fraco) , já o pombo "irilé" representa os desejos presos ao plano terreno e que se elevam até OLODUMARÊ.Desta forma se você contar quatro patas do cabrito (oju orí, apa osí , apa otum, os cantos da cabeça ) oito pés de frango, dois pés de etum, e dois do pombo você terá o total de 16 pés, a quantidade de ODUM principal , ou seja, os 16 ´caminhos no qual o ODUM KUM pode andar.
OS 10 MANDAMENTOS DE IFÁ 1º Mandamento Um sacerdote não deve enganar ao seu semelhante acenando com conhecimentos que não possui. E jamais dizer o que não sabe, ou seja, passar ensinamentos incorretos ou que não tenham sido transmitidos pelos seus mestres e mais velhos ou adquiridos de formas legítimas. É necessário o conhecimento verdadeiro para a prática da verdadeira religião. Significado: Quem abusa da confiança do próximo, enganando-o e manipulando-o através da ignorância religiosa, sofrerá graves conseqüências pelos seus atos. A natureza se incumbirá de cobrar os erros cometidos e isto se refletirá em sua descendência consangüínea e espiritual 2º Mandamento O sacerdote deve saber distinguir entre o ser profano e o ser sagrado, o ato profano e o ato sagrado, o objeto profano e o objeto sagrado. Significado: Não se pode realizar rituais sem que se tenha investidura e conhecimento básico para realizá-los. Chamar a todos, é considerar a todos, indiscriminadamente, como seres talhados para a missão sacerdotal, o que é uma inverdade ou, o que é pior, uma manipulação de interesses. Da mesma forma que nem todas as contas servem para formar-se o colar de uma divindade (como as contas sagradas), nem todos os seres humanos nasceram fadados para a prática sacerdotal. Para ser um sacerdote são necessários inúmeros atributos morais, intelectuais, procedimentais e vocacionais. A simples iniciação de um ser profano, desprovido destes atributos básicos e essenciais, não o habilita como um sacerdote legítimo e legitimado. Da má interpretação e inobservância deste mandamento resulta a grande quantidade de maus sacerdotes que proliferam hoje em dia dentro do Culto. Observa-se a diferença entre “ser sacerdote” e “estar sacerdote”. Aquele que se submete à iniciação visando tão somente o status de sacerdote, jamais será um verdadeiro sacerdote. Estará sacerdote, cargo adquirido pela iniciação, mas jamais será sacerdote, condição imposta por sua vocação, dedicação, espiritualidade e desprendimento. Caberá ao sacerdote iniciador do neófito consultar Fá, com muito critério, para apurar se aquele noviço será realmente digno do sacerdócio 3º Mandamento O sacerdote nunca deve desencaminhar as pessoas dando-lhes maus conselhos e orientações erradas. Mensagem: É inadmissível que um sacerdote se utilize do seu poder e do seu conhecimento religioso para, em proveito próprio, induzir ao erro aqueles que o cercam. Ao agirem desta forma, assumem a postura das aves noturnas que, nas trevas, saciam suas necessidades com o sacrifício e o suor alheio. Dar maus conselhos e orientações erradas é expor as pessoas aos perigos de energias maléficas e sem controle. Uma das mais importantes funções do sacerdote é orientar seu discípulo, conduzindo-o ao caminho correto, ao encontro da felicidade, de acordo com os ditames estabelecidos por seu destino pessoal e de seus ancestrais protetores. Quem chega aos pés de Òrúnmìlá para consultar seu oráculo em busca de soluções, deve ser orientado pelo sacerdote corretamente, independente do interesse deste como olhador. A pessoa que chega com um problema deve ter seu problema solucionado e não vê-lo acrescentado de outros criados artificialmente com o fito de proporcionar a quem a consulta, vantagens financeiras ou possibilidade de conquistas e abusos sexuais. 4º Mandamento Tudo deve ser feito de acordo com os ditames e os preceitos religiosos. A simples troca de uma simples folha pode ocasionar conseqüências maléficas ou tornar sem efeito um grande ritual da mesma forma que as folhas do Labá (Arágbà para os Nàgó) não são iguais às folhas de Ahoho (Akókò para os Nàgó). Interpretação: O sacerdote não pode, em nenhuma condição, utilizar-se de falsos recursos, fornecendo coisas sem validade religiosa como elementos de segurança ou de culto. Os procedimentos litúrgicos devem ser observados integralmente e a ninguém cabe o direito de fazer “isto” por “aquilo” quando em “aquilo” é que está a solução. Aquele que utiliza de meios escusos e enganosos contra seus semelhantes, será culpado do crime de abuso de confiança. Aquele que usa de artifícios e mentiras contra as pessoas inocentes e de bom coração provoca o descontentamento de Òrúnmìlá e a conseqüente ira de Legbà. Cada ser espiritual possui um nome individual, de acordo com a determinação de Yàvóvòdún. Da mesma forma, cada Legbà possui nome e identidade própria, assim como atributos específicos. É inadmissível, portanto, que este mediador tão sagrado e importante dentro do culto, seja assentado e entregue de maneira irresponsável, e que aqueles que a recebem permaneçam ignorantes do seu nome, qualidade, forma de tratamento e especificidade de função. “Òrúnmìlá é aquele que nos olha com amor, não façamos por onde o mesmo possa nos olhar com desprezo”. 5º Mandamento O saber é fundamental para quem quer fazer. Para tanto, é necessário o poder, que só o conhecimento pode outorgar. Interpretação: Um sacerdote não pode proceder a liturgias para as quais não seja habilitado através do processo iniciático ou cuja prática desconheça ou domine apenas parcialmente. Um sacerdote não deve ostentar uma sabedoria que na verdade não possua. Procurar saber não avilta, mas, pelo contrário, exalta o ser humano. O saber é condição básica para que se possa fazer. E todo ritual deve ser feito integralmente e com legitimidade total. Se houver dúvidas sobre algum procedimento, deve-se pesquisar profundamente sobre ele. Cabe ao sacerdote ensinar tudo o que sabe àqueles que o cercam e que nele confiam. A sonegação de ensinamentos corretos e completos implica na responsabilidade da prática de suicídio cultural. Da mesma forma, buscar orientação em quem sabe nada tem de humilhante e enaltece tanto àquele que busca como ao que fornece a orientação. A verdadeira sabedoria consiste na consciência da própria ignorância. Não existe ser neste mundo que saiba tudo! “Deus não deu ao ignorante o direito de aprender sem antes tomar de quem sabe a obrigação de ensinar” Humildade e desprendimento são atributos indispensáveis de um verdadeiro sacerdote. Interpretação: Um sacerdote não deve ser vaidoso de seus poderes, mas consciente deles. E não deve agir somente visando o próprio benefício, existe para servir e não para ser servido. A vaidade transforma o homem fraco de espírito num pavão que faz questão de exibir sua bela plumagem sem a consciência de que é a sua beleza que, despertando a atenção de terceiros, irá provocar a sua morte. Num Fádù (caminho de Ifá) encontramos narrativas que falam do exibicionismo do pavão que, ostentando a beleza de sua plumagem, atrai para si a atenção de todos que, depois de sacrificá-lo, transformam suas penas em belos leques e adornos. O verdadeiro sacerdote, o eleito pela divindade, não se preocupa em exibir seu poder nem o seu saber em disputas vãs e inconseqüentes. Acumula em si uma grande carga de sabedoria que transmite com dedicação a quem merece saber. O exibicionismo é um dos maiores defeitos num ser humano e inadmissível a um sacerdote. Já dizia o velho jargão: “Num burro carregado de açúcar, até o suor é doce”. É assim que, aos olhos do sábio, parecem os exibicionistas: “burros carregando açúcar”. 7º Mandamento As boas intenções devem prevalecer acima de tudo. A casa das divindades é o templo onde a iniciação é obtida. Interpretação: A iniciação não pode ser motivada por interesses que não sejam puramente religiosos. As verdadeiras intenções do iniciando devem ser cristalinas como a água pura. E desprovidas de qualquer outro objetivo que não seja servir à humanidade. Querer iniciar-se no culto por simples vaidade, para obter status social ou ostentar títulos sacerdotais é profanar o sagrado. Aquele que profana o sagrado tabernáculo das divindades, movido por qual for o motivo, pagará com duras penas o sacrilégio praticado. O conhecimento corresponde às responsabilidades que nem todos estão preparados para assumir. O conceito mais amplo simboliza a atitude de um predador que esconde suas garras procurando adquirir a confiança de sua vítima para ter base de agir no momento mais propício aos seus objetivos. A mesma responsabilidade assume aquele que inicia pessoas que não possuam os requisitos básicos exigidos para tal, visando aí, a simples vantagem financeira. É muito melhor errar por não saber do que saber e persistir no erro. 8° Mandamento A pena chamada Akpenin (ekodidé para o povo Nàgó) é um dos símbolos mais sagrados dentro do culto e, por este motivo, jamais deverá ser aviltada. Significado: Os sagrados fundamentos não podem ser usados com objetivos vãos. Os tabus devem ser integralmente observados sob pena de severas conseqüências. O sacerdote deve submeter-se de bom grado às interdições impostas por seu Fádù ou Odù pessoal, assim como aos tabus de sua divindade protetora. A observância destes ditames está diretamente ligada ao estado de submissão às divindades cultuadas. A obediência total às orientações de Fá conduz o homem à plenitude das bênçãos. Utilizar-se dos sagrados conhecimentos de forma leviana corresponde a profanar o sagrado. Não se deve utilizar o conhecimento para prejudicar a quem quer que seja. A prática do mal, invariavelmente, apresenta resultados mais rápidos, mas conduz a caminhos tortuosos que não têm volta. Da mesma forma, aquele que se utiliza deste conhecimento visando unicamente auferir vantagens econômicas, está em desacordo com os sagrados ditames e será responsabilizado por isto. “Tornar vil um símbolo de iniciação como o Akpenin” é o mesmo que usar coisas sagradas com objetivos condenáveis e fúteis. 9° Mandamento A sujeira e a falta de higiene são incompatíveis com o rito. Significado Os Elementos sagrados, indispensáveis ao ritual, hão de ser sempre muito puros e limpos. Da mesma forma, tudo deve ser limpo, os instrumentos, os ambientes, os assentamentos e principalmente, as atitudes. É inaceitável a falta de limpeza e de higiene em qualquer aspecto, quer seja físico, ambiental ou moral. O sacerdote deve ser escrupuloso com tudo. Seus instrumentos litúrgicos, os altares das divindades cultuadas, seus trajes e seu corpo. Tudo aquilo que antecede a um rito e que a ele faça referência, deve ser realizado com limpeza e religiosidade. Da mesma forma que o ritual deve ser cercado de cuidados de limpeza, a confecção das comidas e oferendas deve seguir os mesmos princípios. Preparar as comidas ritualísticas é também um rito e deve ser realizado em total circunspeção e concentração religiosa. Durante a preparação das ofertas e comidas ritualísticas a atitude de quem dela participa deve ser a mesma de quem participa do ritual em si. É inadmissível que, neste momento sagrado, as pessoas estejam consumindo bebidas alcoólicas, falando coisas vulgares, discutindo, brigando ou tentando exibir seus conhecimentos, humilhando a quem sabe menos. A postura será sempre sacerdotal, o silêncio e a concentração devem ser mantidos e, ensinar a quem não sabe ou a quem sabe menos, é uma obrigação sagrada. 10° Mandamento Não se deve retirar a bengala de um cego. (A bengala de um cego substitui seus olhos e indica os obstáculos que se interpõem em seu caminho). Significado: O sacerdote não pode prevalecer-se de sua carga de conhecimento para humilhar ou confundir a ninguém. O sacerdote há de ter o mais profundo respeito pelos que sabem menos. Ninguém tem o direito de descaracterizar o que os outros sabem e acreditam. Abalar a fé de quem sabe pouco ou nada sabe, é retirar a bengala de um cego, deixando-o sem qualquer orientação nas trevas em que caminha. Uma das mais importantes missões do sacerdote é ensinar e orientar. Muitas vezes surgem pessoas que nada sabem e julgam saber. É neste momento que o sábio aflora no sacerdote e a orientação correta e o ensinamento certo são passados, com doçura, sutileza e humildade, sem melindrar a quem os recebe e sem provocar confusões em sua cabeça. Tudo deve ser ensinado com clareza e lógica. O Sacerdote, no exercício de seu sacerdócio, assume também a missão de mestre rmanecer, sempre, impecavelmente limpos. Nenhum Vòdún admite a sujeira, seja ela física ou moral.
A INCORPORAÇÃO A incorporação vem se tornando ao longo do tempo um assunto que ninguém aborda, muitas vezes por medo de falar a verdade, por medo de ferir aos outros e na grande maioria das vezes medo de saber que a verdade vai contra aquilo que vem praticando há anos. Para um médium ter uma boa incorporação é necessário que a energia do Òrísà ou entidade tome o corpo do médium em 80%, sendo assim ainda sobrariam 20% que fica responsável pelos órgãos vitais do ser humano, ou seja, a respiração, a visão, a audição e os movimentos, que são utilizados pela energia conduzida. Em uma incorporação que fica 50% a energia conduzida (Òrísà ou Entidade) e 50% a energia condutora (Médium) é notório que esse médium não está tendo uma boa incorporação. É aonde entra a interferência do médium, falando aquilo que acha correto ou aquilo que tem vontade de falar e por alguém motivo não fala. É fato que ninguém se incorpora totalmente com Òrísà, já que seria impossível, pois não há ser humano que seja puro o suficiente para que um Òrísà use seu corpo. A energia do Òrísà depositada no corpo de um médium não é a total energia de um Òrísà. Um filho de Iyemonjá tem forças para segurar as águas do mar? Um filho de Òsún tem força para segurar as águas do rio? Um filho de Iyansà tem força para segurar um vendaval? A resposta para todas as perguntas é não, então uma incorporação com 100% da energia do Òrísà seria como um filho de Iyansà segurar o vendaval. Cada médium recebe a quantidade de energia que seu corpo suporta para preencher os 80% que ficam disponíveis para o Òrísà. Existem regras básicas para que um médium tenha uma boa incorporação. Uma pessoa que vestirá seu Òrísà em uma festa domingo, sem sombra de dúvidas deve ter um preparo. Se essa pessoa sai no sábado, vai para uma boate, bebe a noite toda, tem relações sexuais, e chega em casa às 15:00hrs para vestir o Òrísà às 18:00hrs, fica notório que essa pessoa não receberá nem a metade da energia que deveria receber. Porém se essa mesma pessoa ficasse em casa, repousando, essa pessoa receberia a energia que necessita. Há outro fator na incorporação que é importante ressaltar, que é a força da energia recebida. A energia perde força conforme o tempo, um sirè dura geralmente em torno de 6 horas, dentro dessas 6 horas o Òrísà de uma pessoa que ainda é Iyawò, passará várias vezes, é claro que quando esse Òrísà passar pela última vez no sirè já não será mais com a mesma força que passou da primeira vez, isso ocorre devido ao corpo físico da energia condutora ou médium ficar cansado, com a fraqueza do corpo do médium a energia do Òrísà também vai perdendo força. Quando uma pessoa está virada com Òrísà, as pessoas afirmam que a mesma não pode sentir dores ou necessidade de água, que é uma verdadeira ignorância. Camuflado por baixo da energia está um ser humano que necessita de água, as dores de fato ficam mais neutralizadas, isso acontece já que os sinais vitais do médium estão em apena 20%. Em uma festa de Esú muitos incorporam visando a bebida que tem para beber, esses médiuns após 20 minutos de festa, quando já beberam no mínimo 3 copos de champanhe, cachaça ou qualquer outra bebida a força da entidade já cai, justamente pelo fato do médium estar visando somente a bebida, a partir de então o médium passa a influenciar a entidade, até que a entidade vai se afastando cada vez mais, porém o médium que só visa a bebida permanece dizendo que está incorporado, aonde fala coisas que magoam pessoas, e perde ainda mais a credibilidade aos olhos das pessoas. É uma covardia do médium que utiliza uma entidade para falar aquilo que lhe convém. Entidades essas muitas que muitas vezes vem a Terra com o propósito de fazer o bem, de prestar uma caridade e ajudar aqueles que necessitam. Para uma boa incorporação basta a boa vontade e a concentração do médium. mt axé a todos os irmãos em religiosidade.
O por q do mariwo no portão de uma casa Existiu um menino que perdeu seus pais cedo e ele saiu ao mundo para ser um pequeno lavrador,ele tinha um dom de plantar até em terras sem vida.Um dia ele chegou em uma fazenda e pediu ao dono que se podia ali plantar e no final da colheita ele dividiaria os lucros e o fazendeiro aceitou...porem quando chegou a colheita o fazendeiro vendo que era uma rapaz novo e sem ninguem por ele resolveu ficar com tudo e mandou seus capatazes expulsa-lo dali..e assim o menino perdeu sua parte.Chegando a outra fazenda a história se respetiu...chegando a outra a mesma coisa e assim foi até sua velhice...um dia cansado de sofrer perdas e humilhações ele partiu para dentro de uma floresta para morrer em paz,sem eira e sem beira...e ao anoitecer cansado de andar avistou uma casa de sape bem simples e nela bateu a porta e foi atendido por um outro velho que lhe indagou o que fazia ali e ele pacientemente explicou tudo e o dono da casa mandou que ele entrasse e repousasse dando lhe alimento...conversaram e foram dormir.Na manhã seguinte disse o dono da casa,vou lhe fazer rico e o velho desiludido desconfiou mas nada disse.Saia agora e me traga um cachorro,um inhame,uma cabaça de vinho de palma e várias folhas de palmeira iji ope e o velhote como sempre obediente saiu e foi procurar o que lhe haviam pedido.Logo a frente ele achou o cachorro,o inhame e a cabaça cheia de vinho e pensou:estou com sorte!Mas andava,andava e andava e não encontrava a folha do dendezeiro e apos andar muito avistou um grande gramado e um grande dendezeiro,amarrou o cão ao seu tronco e nela subiu se machucando e sangrando e tirou várias folhas e desfiou para que ficassem mais bonitas ao se preparar para ir embora eis que chega um homem de ferro com um grande facão(Ogun) e lhe chama de ladrão,pois roubara as folhas de sua árvore e o velho tremendo explica desde sua infancia até aquele momento e pede que não o mate porque ele não era mau e nem ladrão e Ogun ouviu tudo atentamente e rápido o velho disse: Vou assar este cahorro e esse inhame para o sr comer,tem aqui vinho para o sr beber e vou enfeita-lo com este mariwo desfiado meu grande senhor e Ogun achou interessante a bondade e humildade do velho e contente recebeu toda aquelas coisas....e apos tudo disse lhe Ogun:Velho tome estes mariwo e onde lhe atenderem bem peça aos donos das casa se vc pode pendura-los no portão não deixe de fazer isso e vá,vc está livre!E o velho partiu para rumo ignorado e algum tempo depois ele chegou em uma cidade muito rica e poderosa e com fome e sede bateu em uma porta para pedir comida e lhe deram com carinho e ele em agradecimento pendurou ali o mariwo e em outras casas lhe trataram mau e nada fez e assim era...um dia estando dormido em local proximo a cidade(no mato) foi acordado com dois guerreiros que queriam mata-lo,mas um dels disse:Não antes vamos leva-lo ao nosso general e o arrastaram até omde se encontrava o general e ao chegarem na praça central da cidade era Ogun que ali estava e ao ve-lo dise:Larguem este velho ele é meu amigo e o velho tremeu.Disse Ogun:Velho vc me fez vencer esta cidade onde me camuflei com mariwo que vc inventou e foi fácil entrar nela sem ser visto por isso eu a destruir toda!Mas o velho correu os olhos ao redor e viu que muitas casas estavam de pé e disse meu senhor feito de ferro,ainda há casas de pé e respondeu Ogun eu sei,onde eu vi o mariwo pendurado sabia que ali eram pessoas do bem.......e nada fiz contra quem ali morava porque sei que lhe trataram bem...tome estas riquezas e seja Rei nesta cidade e a governe com as pessoas de bem e viva rico e feliz.E Ogun partiu deixando um rei muito rico e poderoso para tras e foi para outras cidades vence-las!Onde Ogun passa com seu Exercito e ve o mariwo logo diz:Aí mora gente do bem,vamos embora!E nesta casa nada acontece..
áfrica A palavra África deriva de AVRINGA ou AFRI, nome da tribo Berbere que na antiguidade habitava o Norte do continente. Os berberes são descendentes dos antigos Númidas que habitavam a região chamada Numídia, entre o país de Cartago e actual Mauritânia, conquistada pelos romanos ao rei Jugurta, cuja capital era a cidade de Cirta, hoje Constantina, na Argélia. O nome África começou a ser usado pelos romanos a partir da conquista da cidade de Cartago para designar províncias a Noroeste do Mar Mediterrâneo africano, onde hoje situam-se a Tunísia e a Argélia. Recorda-se que Cartago foi uma das famosas cidades de antiguidade da África. Foi fundada no séc. VII a. C. pelos Fenícios, sob a direcção da Princesa Tiriana Dido ou Elisa, filha de Muto, rei de Tiro, (actual cidade de Sur no Líbano) que após a morte do seu marido Siqueu, fugiu para a África e fundou a cidade de Cartago numa península, perto da qual se encontra hoje a cidade de Túnis, capital da Tunísia. Em pouco tempo, Cartago tornou-se capital de uma poderosa república marítima, substituindo-se a cidade de Tiro no Ocidente. Criou colônias na Sicília e na actual Espanha. Enviou navegadores ao Atlântico Norte. Entretanto, as colônias cartagineses na Sicília suscitaram vistas ambiciosas dos romanos que cultivaram uma ferrenha rivalidade que culminou com as 3 guerras chamadas Púnicas.
O que é o Candomblé? É um complexo religioso formado, basicamente, por tres etnias. Os Banto, os Jeji, os Nago. A configuração da estrutura religiosa do Candomblé respeita a risca a estrutura das etnias citadas, ou seja: Um Deus criador; Um panteão de Deuses menores; Culto ancestral; Culto ao individuo; Oraculo; Medicina; Acredito que aí está a primeira grande semelhança entre o povo do Candomblé. Uma vez definida as semelhanças entre as tres etinias matrizes, consequentemente podemos nos considerar "parentes" no que tange a amalgama denominada Candonble. Após identificar o que nos une, entramos em nossa pertença e la começamos a nos localizar do ponto de vista do dito purismo, entendendo que ser puro esta relacionado a vc conheçer a estrutura matriz que deu origem a sua linhagem, em meu caso o Seja Hunde. Assim, falando dos Jeji e, eu como membro dessa etinia, devo saber que existem "sub-etinias", a saber: Os Mahi, Podaba, Modubi, etc. Notem que tal informação é muito importante, pois, apesar de Jeji, logo cultuadores de Vodun, as sub-etnias citadas tem muitas semelhanças pelo motivo maior ja citados, ou seja, ser cultuador de Vodun. Porem, a forma com a qual os Mahi estruturaram seu culto é diferente da forma que o Podaba, por exemplo. Assim com base no exposto até o momento posso resumidamente afirmar: Sou Candomblecista, Jeji e Mahi. Notaram que aí começo a me localizar dentro de minha etnia? Notaram tambem que esta estruturação por si me impediria de apontar como errado certas questões de outra Sub-etnias? Apartir deste ponto, entramos em territórios senssiveis, por exemplo, desinencia, genealogia, etc e isso é assunto interno e só diz respeito a nossas respectivas pertenças (etnia). Como se diz popularmente: "roupa lavamos em casa!" Acrescento a lista no inicio do texto a culinaria citando como exemplos alimentos pra la de universalistas, como por exemplo: Quiabo, Farinha, Obí; Inhame; entre outros. Desta forma a lista passaria a ser: Um Deus criador; Um panteão de Deuses menores; Culto ancestral; Culto ao individuo; Oraculo; CULINÁRIA; Medicina;
FAZER O SANTO ERRADO:MITO OU REALIDADE ?? É muito comum ouvirmos de algumas pessoas, na minha mais humilde opinião, o impropério de que tiveram seu “santo” feito errado. Como tal fato pode vir a ocorrer se antes da iniciação (feitura) inúmeros procedimentos são realizados? Como: o jogo de búzios (onde o Orixá reponde), o bori, o bolonan, as matanças, entre outros que não precisam ser citados aqui. Além disso, no dia da saída, um outro zelador, geralmente de fora da casa, é chamado para tirar o nome do Orixá recém-nascido e o apresenta para a comunidade do ilêou kue e etc.... Quando isso acontece, todos os rodantes da casa viram nos seus Orixás e os não iniciados bolam. Independente a todos esses procedimentos que são realizados até a apresentação do Orixá a comunidade do ilê, ainda temos zeladores que insistem em afirmar que o santo de fulano foi feito errado. Algumas pessoas passam por certas dificuldades mundanas (desemprego, frustrações amorosas e financeiras) e não hesitam em dizer: Foi porque fiz o “santo” errado. Pior, se submetem ao julgo do zelador, e novamente lá estão elas fazendo o "santo" de novo. Algumas ainda yawos, outras já ebomis. O que se faz com o Orixá nascido, seu fundamento, seu otá, seu assentamento, o nome que ele deu? Tudo isso deixa de existir? Gostaria de ler os “posts” dos demais membros, pois aprendi que santo feito não se desfaz. É possível desfazer um "santo" para fazer outro? Onde estava o verdadeiro Orixá/vodun que não respondeu na hora devida. E o zelador que fez o "santo" errado? Devemos processá-lo por dano moral e material? Afinal, fazer "santo" hoje não é pra quem tem "santo" ou quem quer, mas sim pra quem pode. Conto com a colaboração de todos na elucidação de mais um questionamento, pois hoje é muito comum as pessoas estarem escolhendo qual Orixá/vodun elas querem raspar. Com dinheiro tudo pode? Será mesmo verdade? Será que o dinheiro é mesmo capaz de comprar cargos em determinadas casas de candomblé e mesmo o Orixá a ser raspado e sua qualidade? Axé!