sábado, 26 de setembro de 2015
O MEL NO CULTO DE ODE
O mel no culto dos caçadores: Os ODE levavam as cabeças de seus ancestrais, para as caçados ou guerras num pote cheio de mel para concerva-la, como forma de atarirem sorte. Tem alguns ITAN que falam dessa relação do EWÓ (proibição) do mel para alguns ODE: Certa época a cidade de KETÚ, que ficava numa região dentro de terras inimigas, estava sendo sitia-da. E para pegar água eles tinha que sair dos muros protetores e pegar num rio fora, porem como estavam cercados, não podiam sair e todas as reservas de água da cidade tinha acabado. Eles suplicavam aos Deuses, foi quendo derrepente, apareceu um enxame de abelhas que produziram uma quantidade exagerada de mel, do qual os habitantes mataram a sede. Depois desse épisódio passaram a não tomar mais mel lembrando essa passagem.
Outro conta da ligação do jovem ODE com o velho ÒÒXÀALÀ, que o criou, mas um vivia recalamando do outro. O jovem da lentidão do velho e o velho da rapidez do novo, descidiram separar-se, mas ODE deu todo seu mel para ÒÒXÀÀLÀ, nunca esquece-lo. LÒGÚN EDE, por esse motivo eles não ingeriam o mel.
Ainda se tem uma outra versão onde se fala que o mel é um dos elementos fabricado pelas abelhas, que são tidas como animais pertencentes a Oxum, mas, também às ÌYÁMI ELÉYE, e pela passagem do ITAN onde OXÒTOKONXÓXÓ mata o passaro daso
O nome de ÒXÓÒSÌ, tem sua origem ligado à lenda africana, ao tempo em que ODÙDUWÀ, Rei de IFÉ, celebrava a festa da colheita dos novos inhames, sem a qual ninguém poderia comer destes alimentos.No palácio real, todos estavam reunidos em festa, para saborearem os inhames e beber vinho de palma. De repente, um pássaro gigantesco sobrevoou o pessoal e foi pousar na trave mais alta do salão de reunião. Era um pássaro mágico, enviado pelas feticeiras, as "ELÉYE", que o utilizavam em seus nefastos trabalhos. Os participantes da festa estavam apavorados e ameaçaram fugir, quando ODÙDUWÀ, mandou que mensageiros fossem em busca dos caçadores mais famosos do reino, e assim vieram: Da Cidade de ILARÉ OXOTADOTÁ, o caçador das50 flechas;Da Cidade de MORÉ: OXOTOGI, o caçador das 40 flechas;Da Cidade de IDÔ: OXOTO-GUN, o caçador das 20 flechas;Da Cidade de IREMÁ: OXOTOKANXOXO, o caçador de 1 só flecha.Os três primeiros, muito seguros de si e vaidosos, gastaram todas as flechas fracassando em suas tentativas de atingirem o pássaro mágico. Chegada a vez de OXOTOKANXÓXÓ, a sua mãe ÀKPÀOKÁ(A jaqueira) e da qual era o único filho, havia consultado um BÀBÁLAWÓ lhe disse: - Seu filho está a um passo da morte ou da riqueza, faça uma oferenda e a morte tornar-se á riqueza". Então ela ofereceu o sacrifício de uma galinha,colocando-a na estrada e abrindo-lhe o peito, da mesma forma como são feitas as oferendas às feiticeiras e dizendo três vezes:
- Que o peito do pássaro receba esta única flecha. O pássaro havia relaxado o encanto para receber a oferenda e ficou sem proteção, instante em que a flecha de OXÒTOKANXÓXÓ o atingiu mortalmente. Então todos passaram a excla-mar: OXOWUSI! OXOWUSI! Que traduzido quer dizer - É Popular ! É o Adorado! Outra provavel tradução venmde ÒXÒ ÒSÌ(Feiticeiro da esquerda).
Na história da humanidade, Oxóssi cumpre um papel civilizador importante, pois na condição de caçador representa as formas mais arcaicas de sobrevivência humana, a própria busca incessante do homem por mecanismos que lhe possibilitem se sobressair no espaço da natureza e impor a sua marca no mundo desconhecido.
A colecta e a caça são formas primitivas de busca de alimento, são os domínios de Oxóssi, orixá que representa aquilo que há de mais antigo na existência humana: a luta pela sobrevivência. Oxóssi é o orixá da fartura e da alimentação, aquele que aprende a dominar os perigos da mata e vai em busca da caça para alimentar a tribo. Mais do que isso, Oxóssi representa o domínio da cultura (entendendo a flecha como utensílio cultural, visto que adquire significados sociais, mágicos, religiosos) sobre a natureza.
Astúcia, inteligência e cautela são os atributos de Oxóssi, pois, como revela a sua história, esse caçador possui uma única flecha, por tanto, não pode errar a presa, e jamais erra. Oxóssi é o melhor naquilo que faz, está permanentemente em busca da perfeição.
Em África, os caçadores que geralmente são os únicos na aldeia que possuem as armas, têm a função de salvar a tribo, são chamados de Oxô, que significa guardião e wúsí que significa popular, ouseja Osowusí e na expressão populara cabou virando Oxóssi. Oxóssi também foi um Òsó, mas foi um guardião especial, pois salvou seu povo do terrível pássaro das Iyá-Mi.
Outras histórias relacionadas com Oxóssi apontam-no como irmão de Ogum. Juntos, eles dominaram a floresta e levaram o homem à evolução. Além de irmão, Oxóssi é grande amigo de Ogum – dizem até que seria seu filho, e onde está Ogum deve estar Oxóssi, as suas forças completam-se e, unidas, são ainda mais imbatíveis.
Oxóssi mantém estreita ligação com Ossaim (Òsanyìn), com quem aprendeu o segredo das folhas e os mistérios da floresta, tornou-se um grande feiticeiro e senhor de todas as folhas, mas teve que se sujeitar aos encantamentos de Ossaim.
A história mostra Oxóssi como filho de Iemanjá, mas a sua verdadeira mãe, segundo o mais antigos, é Apaoká a jaqueira, que vem a ser uma das Iyá-Mi, por isso a intimidade de Oxóssi com essa árvore.
A rebeldia de Oxóssi é algo latente na sua história. Foi desobedecendo às interdições que Oxóssi se tornou orixá.
Tal como Xangô, Oxóssi é um orixá avesso à morte, porque é expressão da vida. A Oxóssi não importa o quanto se viva, desde que se viva intensamente. O frio de Ikú (a morte) não passa perto de Oxóssi, pois ele não acredita na morte.
A sociedade de caçadores, ferreiros, mineradores e outros profissionais que têm Ogum por mentor denomina-se Egbé Odè. São guardiões do conhecimento trazido por esse orixá. Todas as atividades profissionais regidas por Ogum são atribuídas a homens de personalidade forte e, para ser um bom caçador, é necessário, entre outras coisas, aprender segredos que dizem respeito à sabedoria primordial desse orixá. Caçadores experientes detêm conhecimento a respeito de recursos mágicos de ação sobre a natureza da floresta, para que sua presença e atividades sejam admitidas nesse ambiente.
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