quarta-feira, 21 de dezembro de 2016
A INCORPORAÇÃO
A incorporação vem se tornando ao longo do tempo um assunto que ninguém 
aborda, muitas vezes por medo de falar a verdade, por medo de ferir aos 
outros e na grande maioria das vezes medo de saber que a verdade vai 
contra aquilo que vem praticando há anos.
Para um médium ter uma 
boa incorporação é necessário que a energia do Òrísà ou entidade tome o 
corpo do médium em 80%, sendo assim ainda sobrariam 20% que fica 
responsável pelos órgãos vitais do ser humano, ou seja, a respiração, a 
visão, a audição e os movimentos, que são utilizados pela energia 
conduzida. Em uma incorporação que fica 50% a energia conduzida (Òrísà 
ou Entidade) e 50% a energia condutora (Médium) é notório que esse 
médium não está tendo uma boa incorporação. É aonde entra a 
interferência do médium, falando aquilo que acha correto ou aquilo que 
tem vontade de falar e por alguém motivo não fala.
É fato que 
ninguém se incorpora totalmente com Òrísà, já que seria impossível, pois
não há ser humano que seja puro o suficiente para que um Òrísà use seu 
corpo. A energia do Òrísà depositada no corpo de um médium não é a total
energia de um Òrísà. Um filho de Iyemonjá tem forças para segurar as 
águas do mar? Um filho de Òsún tem força para segurar as águas do rio? 
Um filho de Iyansà tem força para segurar um vendaval? A resposta para 
todas as perguntas é não, então uma incorporação com 100% da energia do 
Òrísà seria como um filho de Iyansà segurar o vendaval. Cada médium 
recebe a quantidade de energia que seu corpo suporta para preencher os 
80% que ficam disponíveis para o Òrísà. 
Existem regras básicas 
para que um médium tenha uma boa incorporação. Uma pessoa que vestirá 
seu Òrísà em uma festa domingo, sem sombra de dúvidas deve ter um 
preparo. Se essa pessoa sai no sábado, vai para uma boate, bebe a noite 
toda, tem relações sexuais, e chega em casa às 15:00hrs para vestir o 
Òrísà às 18:00hrs, fica notório que essa pessoa não receberá nem a 
metade da energia que deveria receber. Porém se essa mesma pessoa 
ficasse em casa, repousando, essa pessoa receberia a energia que 
necessita.
Há outro fator na incorporação que é importante ressaltar, que é a força 
da energia recebida. A energia perde força conforme o tempo, um sirè 
dura geralmente em torno de 6 horas, dentro dessas 6 horas o Òrísà de 
uma pessoa que ainda é Iyawò, passará várias vezes, é claro que quando 
esse Òrísà passar pela última vez no sirè já não será mais com a mesma 
força que passou da primeira vez, isso ocorre devido ao corpo físico da 
energia condutora ou médium ficar cansado, com a fraqueza do corpo do 
médium a energia do Òrísà também vai perdendo força.
Quando uma 
pessoa está virada com Òrísà, as pessoas afirmam que a mesma não pode 
sentir dores ou necessidade de água, que é uma verdadeira ignorância. 
Camuflado por baixo da energia está um ser humano que necessita de água,
as dores de fato ficam mais neutralizadas, isso acontece já que os 
sinais vitais do médium estão em apena 20%.
Em uma festa de Esú 
muitos incorporam visando a bebida que tem para beber, esses médiuns 
após 20 minutos de festa, quando já beberam no mínimo 3 copos de 
champanhe, cachaça ou qualquer outra bebida a força da entidade já cai, 
justamente pelo fato do médium estar visando somente a bebida, a partir 
de então o médium passa a influenciar a entidade, até que a entidade vai
se afastando cada vez mais, porém o médium que só visa a bebida 
permanece dizendo que está incorporado, aonde fala coisas que magoam 
pessoas, e perde ainda mais a credibilidade aos olhos das pessoas.
É
uma covardia do médium que utiliza uma entidade para falar aquilo que 
lhe convém. Entidades essas muitas que muitas vezes vem a Terra com o 
propósito de fazer o bem, de prestar uma caridade e ajudar aqueles que 
necessitam. 
Para uma boa incorporação basta a boa vontade e a concentração do médium.
mt axé a todos os irmãos em religiosidade.
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