Ainda            pela manhã, os yorubás, por exemplo, fazem uma série            de adúràs e orikìs, ou seja, rezas e invocações            para que o dia corra bem. Durante o dia ainda, vários atos serão            feitos lembrando sempre a tradição religiosa. Nas horas            das refeições, enquanto a família estiver reunida            também várias saudações serão feitas,            agradecendo a Olódùmarè e aos Orixás-Ancestrais            a graça da alimentação.
Agora,            por que estes povos se portam assim?
Usamos            o termo Olódùmarè por representar para o povo yorubá,            "o criador de todas as coisas" ou "a divindade suprema            acima dos Orixás-Ancestrais".
Os            povos de Ketu, Oyó, Ijesá, Ibadan e Ifé não            só prestam culto à divindades naturais, mas também            cultuam à ancestralidade, pois para os yorubás a reencarnação            existe (atun wá), ou seja, a pessoa morre e renasce no mesmo            seio familiar ao qual pertencia. Aí entra o orixá-ancestral            de cada família que por tradição será o            orixá-dominante de toda uma região. Por exemplo, Xangô            em Oyó, Ogun em Irê, Oxum em Ijexá, Oxossy em Ketu            e assim por diante.
Como            podemos observar, esses orixás são patronos e dominantes            de cada região, acreditando os yorubás serem eles ancestrais            nestes lugares, isto é, viveram ou construiram estas regiões,            como Xangô ainda em exemplo teria sido o maior Alafin ou rei de            Oyó.
Como            podemos entender é que lá na Nigéria os yorubás            cultuam esses orixás como sendo seus antepassados, isto é,            o culto à orixá está ligado ao culto da ancestralidade.
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