A história do desenvolvimento do império crescente do Dahomey é  indispensável para compreendermos os 
Voduns, precisamente a quebra e a  migração do Ewe/Fon. Alguns estudiosos da cultura africana achavam que  todos os Voduns cultuados em Dahomey eram deuses originários dos  yorubanos. Um equívoco! Trata-se simplesmente de uma troca de atributos  culturais de cada região. Em todas as regiões, os deuses africanos são  louvados, sejam ancestrais ou vindos de outras regiões, mas  preferencialmente cada região cultua seus próprios deuses, os  ancestrais. Os deuses estrangeiros podem ser aceitos inteiramente nos  santuários dos Voduns locais, embora permaneçam sempre como  estrangeiros. O mesmo tratamento é dado em terras yorubanas aos Voduns  originários de outras regiões. Dahomey, cuja capital era Abomey, foi o  principal reino da história do atual Benin. Seu poderio militar formado  por bravos guerreiros e amazonas era temido por todos os reinos vizinhos  que foram sendo conquistados. O exército do rei era dividido em duas  partes: o regimento permanente e o regimento das coletas tribais  (prisioneiro). Esses prisioneiros eram treinados para serem guerreiros  do rei e as mulheres, em especial, eram enviadas ao regimento das  amazonas onde aprendiam a lutar. Os prisioneiros que se negavam a aderir  as causas do rei eram sumariamente executados ou vendidos como  escravos. Os chefes das tribos conquistadas ficavam reservados para  serem executados durante o festival anual de ancestrais, em memória dos  reis mortos. Suas cabeças eram decapitadas e seu sangue oferecido aos  falecidos reis. Essa pratica aconteceu do séc. XVI até o séc. XVII. O  reino de Dahomey foi o maior exportador de escravos para o nome mundo.  Adja-Tado foi quem começou esse grande império de Dahomey. Primeiro  conquistou a cidade de Adja onde se tornou rei, casou e teve 3 filhos. 
  Quando seus filhos já eram guerreiros, Adja-Tado foi a Allada junto com  eles e estabeleceu o reino de Allada. Seus filhos se dividiram e  estabeleceram reinos separados e tornaram-se reis. O primogênito  Zozergbe foi rei de Porto Novo, o segundo filho foi sucessor de  Adja-Tado no trono de Allada e o terceiro filho, Aklim fundou o que mais  tarde seria o principal reino da região. Aklin foi para Ghana e Bahicon  (agora Benin, sul-central), com seu exército, e estabeleceu uma outra  dinastia, a cidade de Abomey, que foi a capital do império militar,  conhecida como Dahomey. Dahomey foi governada por um total de treze reis  divinizados, por quase dois séculos. Agassu, que era um dos líderes do  império, dizia ser filho de um leopardo com a princesa de Tado,  Aligbonon. Ela teria sido encantada por esse leopardo originando o  nascimento de Agassou. Agassou teve três filhos e deu início a uma  linhagem de homens leopardo. 
DEUSES DA RIQUEZA 
  Na cultura daometana, encontramos como Deuses da Riqueza, um casal de  gêmeos que foram enviados a terra por Mavu e Lissa, para que ajudassem à  humanidade.
Os gêmeos Da Zodji e Nyohwe Ananu foram os primeiros Voduns a nascerem e após chegarem a terra, deram origem a uma linhagem de Voduns ricos e guerreiros.
Cabem a esses Voduns guerreiros, ajudarem a todas as pessoas que recorrerem a Da Zodje e a Nyohwe Ananu, a chegarem até eles, isso é caso algum caminho ou energia do solicitante estiver atrapalhando o intercâmbio entre ele e os Deuses da Riqueza, esses Voduns mostram os ebós que deverão ser feitos para que ele alcance os Deuses gêmeos.
Quando chegaram a Terra, Da Zodji e Nyohwe Ananu habitaram o mar, onde acharam as maiores riquezas da Terra.
Nyohwe Ananu, muito feminina, encantou-se com as conchas e os caramujos que encontrou e ficava extasiada ao ouvir o som do mar dentro dos caramujos.
Seu irmão mandou que trouxessem todos os caramujos e conchas para o palácio deles para agradar Nyohwe Ananu.
De tanto Nyohwe insistir para que Da Zodji ouvisse o som dos caramujos esse atendeu seu apelo e também se encantou.
Os gêmeos Da Zodji e Nyohwe Ananu foram os primeiros Voduns a nascerem e após chegarem a terra, deram origem a uma linhagem de Voduns ricos e guerreiros.
Cabem a esses Voduns guerreiros, ajudarem a todas as pessoas que recorrerem a Da Zodje e a Nyohwe Ananu, a chegarem até eles, isso é caso algum caminho ou energia do solicitante estiver atrapalhando o intercâmbio entre ele e os Deuses da Riqueza, esses Voduns mostram os ebós que deverão ser feitos para que ele alcance os Deuses gêmeos.
Quando chegaram a Terra, Da Zodji e Nyohwe Ananu habitaram o mar, onde acharam as maiores riquezas da Terra.
Nyohwe Ananu, muito feminina, encantou-se com as conchas e os caramujos que encontrou e ficava extasiada ao ouvir o som do mar dentro dos caramujos.
Seu irmão mandou que trouxessem todos os caramujos e conchas para o palácio deles para agradar Nyohwe Ananu.
De tanto Nyohwe insistir para que Da Zodji ouvisse o som dos caramujos esse atendeu seu apelo e também se encantou.
  Daí por diante, os dois passavam todo o tempo ouvindo esse som e não  mais prestavam atenção aos pedidos das pessoas. Incomodados com essas  atitudes dos Deuses gêmeos, seus descendentes resolveram consultar um  bakono.
O bakono consultou Fá e esse mandou que todos pegassem um caramujo para si e que quando quisessem falar com os Deuses da riqueza, falassem dentro do casco do caramujo, pois somente assim Da Zodji e Nyohwe Ananu os ouviriam.
Os descendentes obedeceram a Fá e passaram a falar com os Deuses dentro dos caramujos e, alguns deles, começaram a colecionar caramujos por acreditarem que quanto mais caramujos tivessem, mais poderiam conversar com eles.
Esse procedimento causou um pouco de confusão na vida dos Deuses da Riqueza, pois, quando as pessoas falavam com Da Zodji a irmã também ouvia e vice-versa.
Então, eles estabeleceram o seguinte:
“Que cada um tivesse em seu poder dois caramujos”.
“Um deveria ficar deitado e nesse, os pedidos à Nyohwe deveriam ser feitos e o outro caramujo deveria ficar em pé e nesse, os pedidos à Da Zodji deveriam ser feitos”.
Deram também a opção de usarem os caramujos de uma maneira só e se comunicarem apenas com um dos Deuses.
O bakono consultou Fá e esse mandou que todos pegassem um caramujo para si e que quando quisessem falar com os Deuses da riqueza, falassem dentro do casco do caramujo, pois somente assim Da Zodji e Nyohwe Ananu os ouviriam.
Os descendentes obedeceram a Fá e passaram a falar com os Deuses dentro dos caramujos e, alguns deles, começaram a colecionar caramujos por acreditarem que quanto mais caramujos tivessem, mais poderiam conversar com eles.
Esse procedimento causou um pouco de confusão na vida dos Deuses da Riqueza, pois, quando as pessoas falavam com Da Zodji a irmã também ouvia e vice-versa.
Então, eles estabeleceram o seguinte:
“Que cada um tivesse em seu poder dois caramujos”.
“Um deveria ficar deitado e nesse, os pedidos à Nyohwe deveriam ser feitos e o outro caramujo deveria ficar em pé e nesse, os pedidos à Da Zodji deveriam ser feitos”.
Deram também a opção de usarem os caramujos de uma maneira só e se comunicarem apenas com um dos Deuses.

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