sexta-feira, 9 de dezembro de 2011


VODUN DANGBÉ

O Dangbé é a serpente sagrada que representa o espírito de Vodum Dan. Na África esse Vodum é conhecido como DA. Dada – Termo pelo qual o Vodum Dan é louvado. A coroa de Dan é chamada de Coroa de Dada. Dangbê – É a píton sagrada, cultuada sobretudo em Uidá, no Benin, onde seu convento principal fica em frente a catedral católica romana.
Não pode se confundir com Dan. Enquanto Dan é associado às serpentes em geral, Dangbê é representado pela inofensiva píton real. A píton é, aliás, considerada como morada do próprio vodun. Enquanto Dan possui aspectos masculinos e femininos em separado, Dangbê é simultaneamente macho e fêmea. Mas da mesma forma que Dan, também Dangbê é associado ao arco-íris. Dizem que o culto de Dangbê é originário da província Hwedá, no litoral ao sul de Uidá, e que ele saiu diretamente do próprio mar, sendo considerado filho de Hu, o oceano imutável e misterioso que a tudo circunda. Dangbê rege a imortalidade, a duração das coisas, a preservação da vida, e seus iniciados, os dangbesì falam em dialeto hwedá durante o período de reclusão no hunkpame. Uma tradição conta que foi Dangbê quem “abriu os olhos dos homens”, mas se desconfia que essa afirmação pode ter nascido com a introdução da tradição bíblica, que trata do papel da serpente no Jardim do Éden. O centro de seu culto era Savi, onde era cultuado como o tóhwyó (ancestral mítico divinizado) da família real hwedá reinante, sendo também, portanto, um henu-vodun. Quando o Reino do Daomé conquistou o reino hwedá em 1727, o culto de Dangbê foi transferido de Savi para Uidá. Os fon classificam quatro sub-espécies de píton, cada uma cultuada em um hunkpame diferente de Uidá. * Na Diáspora, tanto no Vodu do Haiti, como no Candomblé Jêje, Dan e Dangbê parecem haver se fundido em uma única entidade.

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