sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

VODUNS DO JEJE

 AZIRI TOBOSSI E AZIRI TOLÁ


Aziri Togbosi, Azli Togbosi ou Aziri Tobôssi (onde Tògbosì: Tò – água; gbo – grande quantidade; sì – esposa, senhora) é a maior e mais importante mãe das águas do Jeje Mahi, é uma divindade ligada às águas profundas, sejam elas doces ou salgadas, e tem estreitas ligações com a mãe nagô Yemanjá. Veste branco e adorna o pescoço com pérolas, considerada como a mãe de muitos Voduns, a ela é consagrada uma Obrigação todo ano no Hunkpame Ayiono Huntoloji da saudosa e reverenciada Gaiaku Luiza de Oyá, assim como no Sejá Hunde e aqui em nosso terreiro.
Naê Aziri, Aziri Tolá ou Azli é uma mãe das águas correspondente a Òsún, ligada às águas doces e considerada uma mãe velha.
Seguindo a variação podemos encontrar diferentes variações do nome como Aziri Kaia ou Togbosi Kaia (nome como Aziri Tobôssi é conhecida no Jeje Savalu), mas lembramo-nos que no Jeje não existem qualidades de Voduns, assim sendo, cada nome designa apenas um vodun ou é variação de um mesmo nome. Assim Aziri Tobôssi e Aziri Tolá são as correspondentes, respectivamente, de Yemanjá e Osun.
Ainda quanto a Aziri Tobossi, ela pode ser tanto de água doce como salgada dependendo do seu Hún in (nome particular do Vodun)

Vodun nagô Ogun – Gú


Gu é a denominação fon do vodun senhor da guerra, da metalurgia, da cirurgia e das escarificações, que tem origem de culto do orixá yorubá Ogun. O culto de Gu foi introduzido no atual sul do Benin no final do século XVII por ferreiros e cirurgiões iorubás, e se tornou bastante popular, sendo cultuado nos templos e conventos de praticamente todos os demais voduns, além de ter os seus próprios. O emblema principal de Gu é o gubassá, que é uma adaga metálica adornada com desenhos místicos, utilizada em diversos rituais, incluindo o culto de Fá, para abrir caminho para o mundo dos espíritos. O gubassá é também conhecido e utilizado no vodu haitiano. Em segundo plano fica o gudaglô, menor que o gubassá e que Gu utiliza para defender seus filhos dos inimigos. Na iconografia fon, o vodun Gu é representado portando estes dois sabres, o gubassá na mão direita e o gudaglô na mão esquerda.
Gu é o Vodum do ferro e da guerra, que dá ao homem a sua tecnologia. Ele não aceita a cumplicidade com o mal, por isso é capaz de destruir todos os culpados por atos infames e criminosos.Esta personalidade de Gu é expressa pelos Fons como “da Gu do”(Gu castiga,Gu mata).
A ferramenta divina em forma de espada. É a divindade do ferro, da guerra e das cirurgias. Representa uma das principais forças de auxilio ao homem – ele é a própria força. Não é o ferro em si, mas sua propriedade de cortar.


Vodun Ewá, a senhora da pureza


Ewá é um vodum feminino da família de Sakpata. Filha de Aido Wedo e Dambala, irmã de Boçalabê nasceu para ser o símbolo da pureza e da beleza dos deuses. Do nascimento a fase adulta Yewa viveu na família de Dan onde representava a faixa branca do arco-íris onde também mora Ojiku. Recebeu de Aido Wedo o poder da vidência, da riqueza, e todos os corais que existiam no mar que ela pegava com seu arpão.
A beleza física de Ewá encantava a todos que olhassem em seus olhos, mas essa nunca se encantava com ninguém pois era o símbolo da virgindade e da pureza. Muitos homens se apaixonaram por ela e todos foram punidos pelos deuses pois sabiam que era proibido amar a grande Virgem.
Ewá adorava ver o por do sol e sempre saía a passear pelos campos floridos acompanhada por dois bravos guardiões que não permitiam que ninguém se aproximasse dela. Era um casal de gansos branco, lindos e majestosos. Certo dia, estava Ewá a apreciar o por do sol, quando uma galinha, se aproveitando da distração dos gansos, aproximou-se e ciscou muita terra sobre as vestes brancas de Ewá, essa se enfureceu e amaldiçoou a galinha e daí para frente nunca mais quis ver uma em sua frente como também resolveu mudar suas roupas para as cores do por do sol.
Certo dia, Yewa avistou um belo homem, um guerreiro e se encantou por ele.
Ewá enfrentou e desafiou todos os deuses por amor a esse homem e teve como castigo o exílio. Foi expulsa da família de Dan e considerada a cobra má. Durante seu exílio, Ewá teve que fugir e esconder-se da fúrias dos deuses.
Em sua primeira fuga, Ewá contou com a ajuda de um grande caçador e guerreiro, Odé, que a escondeu nas profundeza das matas escuras, em terras yorubanas.
Vendo-se em um lugar sombrio e sem recursos de sobrevivência a sua disposição, Ewá aceitou um ofá que Odé ofereceu-lhe. Aprendeu a caçar junto com ele e com os demais caçadores.
A beleza de Ewá encantava e perturbava Odé e aos demais que viviam nas matas, pois eles sabiam que não podiam se apaixonar por ela, temiam a fúrias dos deuses. Odé então, fez para Ewá uma coroa de dans e folhas de palmeiras desfiadas. Mandou que ela a coloca-se, assim ninguém se aproximaria dela com medo das dans e as folhas desfiadas da palmeira esconderiam sua beleza contagiante. Ewá gostou do presente pois viu nesse, a possibilidade de esconder-se dos deuses e livrar-se de sua fúria.
Com o uso dessa coroa Ewá pode sair da escuridão das matas e ir apreciar o que mais ela amava e representava … o por do sol. Faltava-lhe seus guardiões, pediu ajuda a Odé e esse caçou para ela um casal de gansos negros, pois foram os únicos que encontrara. E assim, Yewa passou a ver e a viver o por do sol novamente em seu exílio.
Passado um tempo, Azansu foi aos deuses pedir por sua amada Ewá que já tinha sido por demais castigada. Depois de muitos pedidos e oferendas aos deuses, esses concederam a Azansu a guarda de Ewá que deveria morar com ele. Azansu embrenhou-se nas matas a procura de sua querida e a encontrou junto a Odé.
Como agradecimento por tudo que fez por Ewá, Azansu deu a Odé um par de chifres e o poder de chamá-lo e aos espíritos da caça quando assim precisasse.
Ewá foi morar no reino dos mortos junto com Azansu e com esse passou a exigir o cumprimento da moral e dos bons costumes. Em sua nova morada Ewá recebeu o caracolo/aracolê onde guarda os segredos dos ancestrais e os invoca quando é necessário, e o eruxim com o qual espanta os Akututos (eguns) para o caminho de Oyá. Sempre que possível, Ewá engana Iku (a morte) e salva uma vida.
Ewá é um Vodum raríssimo de ser encontrado na cabeça de alguém. A feitura de Ewá deve ser sempre em cabeças de virgens e nunca em homens.
Por ter o poder da vidência, Ewá tem o poder de nos livrar do “olho grande” e das invejas. Quem sabe cuidar desse Vodum, se livra facilmente dos invejosos.
Encontramos Ewá tanto nas águas quanto nas matas e mundos subterrâneos (aquático e terrestre), mas seu local preferido é sempre o horizonte, onde o por do sol faz o encontro dos dois mundos e o céu se encontra com a terra, “Isso é Ewá” dizem os antigos.
Ojiku ou Dan Jikun é um Vodum Dan que sempre é muito confundido com Yewa, assim como Boçalabê que é sua irmã. Ojiku é considerado a Cobra branca e Boçalabê é uma Vodum das água doces, muito confundida com Oxum.
Para muitos Ewá é também representada pela figura de uma serpente
CategoriasSakpata

Azansu, o senhor da terra


Divindade Jeje também conhecido como Sakpatá. De dupla etnia viveu com os Nagôs (Yorubá) onde é conhecido como Sapanná, e recebe os títulos de Obaluaiye ou Omolu. Azansú foi o responsável por trazer algumas divindades Yorubás para a Tradição Mahi. É o vodun Rei da Terra (Ayinon) senhor das doenças, da vida e da morte, é o chefe da familia Sakpata. Azansu significa “homem da esteira” onde “azan=esteira” e “su=homem”, mas pode significar também “homem de palha”.
Seu domínio sobre o mundo dos mortos é íntegro, sendo ele o senhor do desencarne. É o deus da humildade, regendo todos os desprovidos de riqueza porém ricos de espírito. Seu poder é muito presente na sociedade e dentro do candomblé muitos são seus mistérios e mitos. Para os mais antigos, pronunciar seu nome sem tocar o chão é um sinal de desrespeito, podendo causar a fúria dessa divindade. Dentro das casas de Jeje, os vòdúns da família Sakpata são responsáveis pela doutrina e por toda a organização do ásé. São eles que normalmente cobram o neófito caso aja de forma incoerente as regras.
Sua mãe é Nanã Buruku, que o abandonou logo após o nascimento, tendo sido encontrado e criado por Yemanjá. Azansu está ligado a Ewá, sua companheira. É irmão de Bessém e Loko, e também  de Agué.
Ayinon significa “dono da terra” e é o nome pelo qual este vodum é reverenciado.
CategoriasSakpata

Dan



Dans são os símbolos da continuidade. Simbolizam também a força vital, o movimento, tudo o que é prolongado. Sustenta a Terra e impede que se desintegre ou saia de órbita. Vivem no arco-íris. Nos arcos-íris da lua e do sol também encontramos Voduns Dan. Dan seve de protetor e auxiliar a outros voduns, em especial a Hevioso. No Brasil encontramos cerca de 40 Voduns Dans, na África encontramos muito mais que isso. Essa família é muito grande. O Dangbê é a serpente sagrada que representa o espírito de Vodum Dan. Dan é um Vodum muito exigente em seus preceitos, muito orgulhoso e teimoso. Quando tratado corretamente, dá tudo aos seus filhos e a casa de santo, mas se tratado de maneira errada ou se for esquecido castiga severamente. Vodum Dan é muito fiel a casa e a mãe/pai de santo que o fez. Dan tanto pode ser um Vodum masculino quanto pode ser um Vodum feminino, porém para tratá-lo, fazê-lo ou assentá-lo temos que cuidar sempre do casal. Como dizem os antigos “cobra não anda sozinha, seu parceiro está sempre por perto”. Ao se iniciar um filho de Dan, preceitos são feitos para que esse Vodum venha sempre em forma humana e nunca em forma de serpente, pois entendemos que na forma humana ele é menos perigoso e entende melhor os homens, podendo assim atender suas necessidades e suprí-las. Na forma de serpente torna-se muito perigoso. De modo geral os filhos de Dan são muito chegados a doenças, principalmente de olhos. São pessoas vaidosas, ambiciosas, “perigosas”, espertas e inteligentes. São muito dedicados ao santo e dificilmente saem da casa onde foram feitos. Vestem branco em sua grande maioria. Alguns usam cor verde bem clarinho, prateado, ou tecido liso com o arco-íris estampado. Seus fios de conta variam de acordo com cada Vodum, não existe um modelo padrão. A cor representativa da maioria dos Dans é o verde e o amarelo. Sua louvação principal é: Aho bo boy = “Salve o rei cobra” ( Hho = rei, bo boy = Dans, serpentes, cobras). Os símbolos de Dan são: o arco-íris, a serpente pithon, o traken ou draka, patokwe, o dahun, a takara. E o assôm. Seu principal atinsá dentro de uma casa de Santo é denominado Dan-gbi, que é onde o arco-íris se encontra com a terra (“panela lendária do tesouro!”). Dan usa muitos brajás feitos de búzios. As aigri (escrementos de Dan) são importantíssimas em seus assentamentos e atinsás. No Brasil as Voduncis iniciadas para Dan recebem o cargo ilustre de Megitó (Nação Jeje-mahi).
Dambala e Aido Wedo (Dàngbála e Áidòwèdó)


Para alguns é uma unica divindade andrógina (Dambala é macho, Aido Wedo é femea, imagem de Dambala refletida na agua formando o arco-iris), sendo Dambala representado pela serpente e Aido Wedo pelo arco-íris, são muito importantes no Vodu Haitiano. Dambala e Aido Wedo foram quem auxiliou Nanã Buruku na tarefa de criar o mundo (mito do povo Fon): segundo a narração Dambala levava Nanã nas costas enquanto ela criava a terra, a flora, os minerais e os animais, depois ele deu uma volta ao redor da Terra fazendo ela girar.
Bessém (Gbèsén)


Rei das tradições Maxi no Brasil, vodun da fecundidade e da vida, seu assento (assen) é o Dangbe, moticulo de barro com uma panela de barro em cima ornamento com cacos de louça de cor branca. Vodun adorado pelos Maxí como seu Ako vodun (Vodun Principal). Representado pela Piton sagrada.
OUTROS
-Frekwen: Feminina, guardiã do arco-íris em volta do sol. Também conhecida como Frekenda. Representada pelas cobras venenosas.
-Bosalabe: Toquem feminina, irmã gêmea de Bosuko e irmã de Yewá. Muito alegre e faceira vive nas águas doces. É conhecida também como Vodum Bossá.
-Bosuko: Masculino, toquem e gêmeo de Bossá.
-Ojiku ou Dan Jikun: Junto com Yewá, vive na parte branca do arco-íris e no arco-íris da lua. É quem trás as chuvas e é uma das esposas de Bessém.
-Dan-Ko ou Dan Ikó: Ligada e confundida com Oxalá.
 

Kavionos (Badé, Acrolombé, Adeen, Averekete)

Badé 
Vodun jovem, guerreiro e brigão. Habita os vulcões e é um vodum ligado ao fogo, assim como Sògbò. suas cores variam entre vermelho, branco, amarelo e azul. Também está ligado ao céu e à chuva.
Adeen 
É ela quem faz escurecer os céus e envia os relâmpagos que fulminam. Sua saudação é: – Ahunevi anabahanlan! (não mate as pessoas). Só se manifesta quando o céu está escurecido. Adeen carrega um raio e suas cores representativas são o vermelho e branco além do rosa, roxo e azul. Está ligada as divindades da guerra e do vento, assim como a Oyá. Governa os rêlampagos.
Acrolombé 
Ataca os inimigos ou castiga o homem enviando granizo, e faz os rios transbordarem. É ele quem controla a temperatura do mundo. Quando está calmo e satisfeito, ajuda o homem dando-lhe bons movimentos financeiros. Racha as testas de suas vítimas.
Averekete 
É um vodum da ligação entre os voduns kavionos e os voduns aquáticos, filho de Sogbo com Naé Agbé (em outros mitos filho de Sogbo com Naeté).
CategoriasHevioso

Sògbò


Sogbò, considerado o rei coroado da Nação Jeje no Brasil, é o chefe do Panteão de Hevioso. Vodum justiceiro que governa os vulcões e o fogo. Sògbò é quem trás os demais voduns do trovão e é o pai de muitos deles. Suas cores são o vermelho e o branco. O dia da semana é a quarta-feira, dia em que se reverenciam os voduns kavionos. Seu símbolo é o sokpe, um machado simples de uma lâmina. Na Africa Sògbò também refere-se a um vodum feminino. muitos filhos de Sògbò se dizem filhos de Sángò, e também no Benin há sacerdotes que consideram que Sògbò é mesmo Xangô. É conhecido pelos mahis com a denominação de Sògbò Adan, ou seja: Corajoso Sògbò, diferenciando-o. Quando Sógbó  dança com seu sokpè, imita os ráios caindo sobre a terra, em ligeiras quebradas na dança. O que é exemplificado por esta toada muito conhecida nos candomblés de Jeje Mahi no Brasil:
“Sógbó Adan tá nu sá gba owè,
A cabeça do corajoso Sógbó vai até a coxa na quebra da dança,
Sógbó Adan tá nu sá gba o.
A cabeça do corajoso Sógbó vai até a coxa, na quebra.

Averekete, Logun Edé e Ajaunsi – diferenciação


Avlekete ou Averekete é um vodun ligado à pesca e a caça, erroneamente comparado ao orixá Logun Edé e a um outro vodun chamado Ajaunsi. Estas divindades são bem diferentes uma da outra, sendo sincretizados, talvez, pela característica de ambos serem ligados a caça e a pesca, mas a cosmogonia deles é bem diferente.

Logun Edé é um orixá de Ijexá filho de Oxun e Odé, ligado a caça e a pesca, um dos mais belos Orixás, pois assim também a beleza é uma característica de seus pais. Suas cores são o azul turquesa e o amarelo ouro e tem como símbolos a balança, o ofá, o abebè e o cavalo marinho.

Averekete nasceu da união do vodun Sogbo com Naeté (em outros mitos com Naé Agbé), tornando-se então um elo entre os voduns do céu (jí-voduns) e os voduns do oceano (tó-voduns). Desempenha a função de mensageiro entre estes voduns. É visto como um vodun jovem, com idade semelhante a de um adolescente. Vive na beira do mar e tem como símbolos o machado simples, o anzol e o punhal. Suas cores são o azul, o vermelho e o branco. Na Casa das Minas é usado o termo tóquen ( tóqüen ) ou toqueno (toqüeno) para designar Averekete e outros voduns jovens tidos como adolescentes.
No Jeje Mahi, Averekete pertence a família dos Voduns Kavionos (ou Hevioso), visto como o filho mais jovem de Sogbo.

Ajaunsi é um vodun masculino, pertencente ao panteão da terra e extremamente coligado ao universo das Naés (mães d’água). É um exímio caçador e pescador, e vive na beira dos rios acompanhando as Naés. Rege os animais que vivem tanto na terra quanto na água, tais como répteis, anfíbios e alguns pássaros. Divindade da juventude e da alegria, representa a inocência e a pureza, protegendo as pessoas durante a fase jovem. Responsável por todo o aprendizado das crianças, desde fala até mesmo o andar. Suas cores variam entre o azul, o verde e o amarelo.

Nagô-Vodun Oyá e Aveji Da

Oyá

Oyá, também conhecida como Iansã pelos candomblés de Ketu, é uma guerreira por vocação, sabe ir à luta e defender o que é seu, a batalha do dia-a-dia é a sua felicidade. Ela sabe conquistar, seja no fervor das guerras, seja na arte do amor. Mostra o seu amor e a sua alegria contagiantes na mesma proporção que exterioriza a sua raiva, o seu ódio. Dessa forma, passou a identificar-se muito mais com todas as actividades relacionadas com o homem, que são desenvolvidas fora do lar; portanto não aprecia os afazeres domésticos, rejeitando o papel feminino tradicional. Oyá é a mulher que acorda de manhã, beija os filhos e sai em busca do sustento.
Um Vodun Nagô para o Jeje Mahi, senhora da ventania e da tempestade. Vodun de Gaiaku Luiza, a grande sacerdotisa do Jeje Mahi. Oyá está ligada a outras mulheres guerreiras, voduns conhecidas como Aveji Da, ligadas aos ventos, furacões e aos Akututus (Eguns).
Aveji Da

São voduns femininos da família Hevioso ou Sakpata, cada uma com sua responsabilidade e regência.
As Aveji Da da família Hevioso são divindades relacionadas aos fenômenos da natureza tais como chuvas, tempestades, tufões e furacões. São guerreiras ou caçadoras, cujo poder é imenso e temperamento forte. São quentes e irriquietas, estando ligadas as alturas, nuvens e astros. Estão juntas com os Kavionos, julgando a humanidade e castigando quando se faz necessário. Tem certa importância sobre o processo financeiro da sociedade, dividindo com Sogbo o domínio do elemento fogo. Estão sempre dispostas a guerrear pelas casas onde são cultuadas, sendo de extrema importância na batalha contra queimações e inimigos ocultos ou assumidos.
A principal Aveji Da do panteão do trovão é Vodun Djó, divindade responsável por fertilizar e esfriar a terra através da chuva. Segundo os ítàns, vodun Djó teria o poder de se transformar em animal, assim como Oyá. Veste vermelho e usa adornos cobreados.
As Aveji Da do panteão da Sakpata seriam coligadas ao domínio dos mortos, possuindo todas ligações com os ancestrais, sejam masculinos ou femininos. Elas ficam juntos com os Sakpatás, ajudando a cuidar dos enfermos e dando auxilio no desencarne. Tem como principal função sondar o funcionamento das Casas e quando veem algo de errado cobrar, muito das vezes fechando-os.
A principal Avejidá da família Sakpata é Agbé Gèlèdè, senhora dos mortos e do culto aos Akututos (ègún). Agbé Gèlèdè teria o poder e a importância de Oyá Igbale dos cultos iorubás, sendo invocada em síhúns, ègbós e limpezas nas quais seja necessária sua presença. Representa o desencarne e a aceitação do espírito para com sua morte, sendo responsável pelo envio dos espíritos desencarnados para o òrún.
As Aveji Da são extremamente poderosas e independente da família com a qual é associada, possui grande importância para os kwês e adeptos do culto. Representam a liberdade, a batalha cotidiana e a força de vontade.
Podemos citar ainda Agbé Afefé ligada a alegria e a felicidade, também aos mortos, seu símbolo são as flores as quais ofertamos a nossos entes queridos, que representam toda felicidade que passaram em suas vidas. Agbé Huno, a Aveji Da guerreira e da tempestade.
CategoriasVoduns Guardiões

Legba


Légbà é um vòdún muito importante dentro do culto jeje, sendo responsável pela comunicação entre deuses e humanos e vice-versa.
Entre os fons do Benin (antigo Daomé) Légbà equivale a Exu dos Yorubas. Ele é representado por um montículo de terra em forma de homem acocorado, ornado com um falo ereto.
Esse falo ereto nada mais é do que a afirmação de seu caráter truculento, atrevido e sem-vergonha e de seu desejo de chocar o decoro.
Légbà é o caçula de Mawu e Lissá, que diferente dos demais Vòdúns do panteão Fòn, não possui um domínio fixo, ele está em todo lugar e em tudo, divindade do imprevisível, do inatribuível ele esta além do bem e do mal concebidos pela sociedade. Nele, o bem e o mal se entrelaçam. Na organização do Panteão Vòdún cada Vòdún tem um domínio Fixo herdado pelos criadores Mawu e Lissá, já Légbà não possui um domínio fixo, mas mesmo assim não perde sua importância no panteão, pois o que poderia parecer que o Vòdún Légbà é desprovido de um domínio, o torna o vòdún da mobilidade, sendo o único que tem acesso a todos os domínios, pois é o mensageiro da palavra de Máwú- Lísá, interlocutor entre os Vòdúns e o criador e interlocutor entre os vòdúns e os Homens, fazendo dele o personagem intermediário por excelência. Légbà tem o papel de guardião do patrimônio divino, que lhe foi atribuído por Máwú-Lísá, patrimônio esse que são os domínios que cada um dos vòdúns herdou de Mawu, portanto Légbà não herdou nenhum desses domínios mas sim a guarda de todos os domínios para que haja a mobilidade e não seja um universo de caráter imutável, portanto mesmo sendo Fá o vòdún da adivinhação, tudo depende de Légbà e o destino se torna manipulável através dele, nada poderá acontecer sem a intervenção do mesmo, de intérprete e mensageiro nenhuma comunicação entre os homens e Vòdúns e Vòdúns e Mawu pode acontecer sem a sua intermediação, ele da a mobilidade ao todo, nele esta a ordem e a desordem das coisas é o deus coletivo. Devido a esse seu poder quase que absoluto sobre a vida e a morte, sucesso e fracasso, riqueza e miséria, Légbà é o mais temido e respeitado do Panteão Fòn e o mais importante para o povo Fòn. Dizem que quando Mawu e Lissá enviaram seus filhos a Terra todos vieram, com excessão de Légbà que ficou acocorado aos pés de sua mãe. Com o passar do tempo todos esqueceram a língua de Mawu, menos Légbà que permaneceu junto a ela. Por isso somente ele pode levar nossa mensagem até ela.
Na África, os légbásì (nome dado aos iniciados para Légbà) vestem-se com uma saia de ráfia tingida de roxo e usam a tiracolo inúmeros colares de búzios. Debaixo da sua saia traz, disfarçado, um volumoso falo de madeira que levantam, de vez em quando, com mímicas eróticas.
Além disso, têm na mão uma espécie de espanta-moscas, roxo, semelhante a um espanador, no qual está escondido um bastão em forma de falo, que eles agitam, de maneira engraçada, na cara das pessoas presentes, particularmente sob o nariz dos turistas, pois os légbásì não deixam de observar seus sentimentos ambivalentes diante dessas exibições.
Os mais velhos dizem que é perigoso dizer o nome desse vòdún em vão. Normalmente, seu nome para ser dito é necessário tocar no solo em respeito ao seu poder. Seu principal ritual é chamado de Légbà lé lé que se compara ao ritual de ípádè dos yorubás porém, com muitos outros fundamentos e atos que os diferem. É cultuado após Áyízàn, que em alguns mitos é tido como sua esposa ou até mesmo, sua forma fêmea, possuindo muito em comum com essa divindade, principalmente no que se diz respeito aos oráculos. Seu dia da semana é a segunda-feira, sua cor o vermelho rajado de preto, seu elemento o fogo e também a terra e sua saudação Áhò gbò gbòy Légbà!!!
CategoriasVoduns Guardiões

Ayizan, a esteira da terra


Àyízàn, cujo nome significa “A esteira da terra” é um vòdún feminino dos mais importantes na cosmologia fòn . Ela é considerada a dona dos mercados e dos espaços públicos, onde as pessoas se encontram e interagem. Para alguns, ela é a primeira divindade a ser saudada. A ela também é atribuído o dom da palavra e da comunicação e desta forma está ligada à Légbà, a quem muitas vezes é associada como mãe ou esposa. Sua representação é um montículo de terra colocado no meio das praças de mercado coberto de muitas rodilhas de dèzàn (palmas ainda verdes e desfiadas de dendezeiro), onde os comerciantes fazem oferendas. Àyízàn também é cultuada nos Hùnkpàmè, onde é responsável pelos neófitos em processo de educação e aprendizado. O culto de Àyízàn é de origem hwedá e é forte sobretudo na região de Uidá, no Benin. No Vodoo haitiano o Loa àyízàn (também chamado de Gran Àyízàn) é considerado a senhora da pureza ritual e a Mambo, ou sumo-sacerdotisa iniciadora (como a íyálòrísá no candomblé) arquetípica, sendo homenageada em primeiro lugar nas cerimônias. Nas iniciações do vodou, a presença de Áyízàn é marcada pela rodilha de palma desfiada de dendezeiro(dèzàn), que os neófitos usam ao sobre a cabeça ao ingressarem na reclusão iniciática. No Vodou, e especialmente no Haiti, Àyízàn (ou Ayizan Velekete) é a loa do mercado e do comércio. Ela é uma raiz loa, associada com ritos de iniciação Vodoun (chamado kanzo).Ela é sincretizada com a Santa Clara Católica, ela não bebe nenhum álcool, e é a esposa de Papa Lòkò .
Dentro do convento é representada no período de reclusão do vòdúnsì através do Águídázàn, espécie de assentamento que deve ser alimentado com tudo o que o Vòdúnsì comer.
É cultuada antes de Légbà, sendo para os Fòn a senhora dos oráculos juntamente com o mesmo, assim como Èsú, respondendo por Fá ( vòdún coligado a Òrúnmíllá). Possui grande relações com os ancestrais (ègúngún e íyámí) e com suas sociedades e assim nos ritos de Jeje Mahi é a responsavel pela parte de louvação aos ancestrais da casa. Em sua homenagem os vòdúnsì’s dançam de joelhos na zàn (esteira). Considerada a patrona dos grandes mercados. É costume em todo Benin, quando nasce uma criança, levar a mesma ao mercado e lá fazer os mlenmlen (òríkís) e oferendas à Áyízàn, pois acreditam que esse ritual dará muito boa sorte à vida da criança. Esse procedimento também se dá aos casais de noivos. Os familiares das duas partes ser reúnem e vão juntos com os noivos ao mercado. Nos dois casos, tanto a criança quanto os noivos trazem para casa um pouco de terra e a coloca no solo de suas casas para que a fartura e a prosperidade façam sempre parte de suas vidas.Vòdún Áyízàn tem uma grande família e cada um dos membros reina em uma parte da terra, inclusive o mundo ctônico (subterrâneo) e abissal (subterrâneo aquático).
Sua saudação é Áhò gbò gbòy Àyízàn!
Ayizan no Jeje Mahi
Nas casas de Jeje Mahi, encontra-se assentada no portão casa, nos pés de uma palmeira de ráfia, Vodun Ayizan, que para esta modalidade é um vodun feminino ligada aos ancestrais e a terra, bem assim como a morte.

Vodun Sòhòkwè, nem Ogun, nem Exu



Sòhòkè (lê-se Soroquê) é um vòdun filho de Máwú e Lissá, cujo elemento principal é o fogo. Muitas são as dúvidas relacionadas a esse vodun. Devido a mistura de cultos, já explicada em outros tópicos, Sòhòkè passou a ser aglutinado na cultura yorubá, passando a ser confundido com um dos caminhos de Ògún. Segundo o mito yorubá, Ògún Sòhòkè (lê-se Xoroquê) é o Ògún que desceu as montanhas, sendo o senhor das trilhas e do fogo líquido onde, Xòrò deriva do termo yorubá Sòròrò ou Xòròrò que significa descer ou escorrer e, òkè significa montanha). Segundo os mais velhos é um Ògún muito arredio, sendo muito coligado ao seu irmão Èsú e tendo todas oferendas e fundamentações com o mesmo. Dizem ainda que essa “qualidade” de Ògún tem muito fundamento com ègún, sendo ele responsável por todos aqueles que desencarnam em acidentes na estrada ou linha férrea. Em outras casas, Sòròkè deixou de ser uma qualidade de Ògún e passou a ser um Èsú , com as mesmas características do Ògún Sòròkè porém, sendo fundamentado como qualidade de Èsú e passando a ser cultuado como o mesmo.
Mas para nós de jeje Sòhòkè não é nem Èsú nem Ògún e, sim um vòdún independente, com culto próprio e de características próprias que acabou por ser fundido a cultura desses dois òrísás por ter coisas em comum. Isso ocorreu também com outras divindades como Agbé, Aboto, Azansu, Sogbo, Intoto e outos mais que acabaram aglutinados a cultura de outras deidades africanas, talvez por falta de estudos ou fundamentos. Sòhòkè é o guardião das casas de jeje, onde Sòhò(lê-se sorrô) significa guardião e kwè(lê-se Qüê) significa casa. Seu assentamento é fixado ao chão, cravado na terra, ao lado do assentamento do vodun Légbà, vodun Ayizan e do vodun Gú (Ogun). Sòhòkè não é iniciado na cabeça de nenhum adepto pois o mesmo não incorpora. É iniciado apenas na cabeça de ogans e ekedis e possui a função de manter a ordem dentro das casas de jeje, punindo e cobrando quem as derrespeita. Sòhòkè é o caminho formado pela lava após ser expelida do vulcão, possuindo muito fundamento com Badé, Sògbò e outros voduns que moram nos vulcões e que estão ligados ao fogo e também com Oyá. Sua cor é o Azul escuro e o vermelho, seu dia da semana a segunda-feira e sua saudação Aho bo boy Sòhòkè!!!
geralmente quando aparece um filho rodante com arquétipo de Sòhòkè geralmente é iniciado para Ogun.

 VODUN KPÓSÚ - POSSÚ



Este Deus, pode até ser cultuado em outras nações, vai da fé e do coração de cada um! mas!!! só pode ser feito na nação Jêje por ser um vodun, seu nome significa Homem Pantera, é um vodun muito sério e complicado de ser cultuado, porém lindo, tem ligações tanto com a terra e com a família Dan e Sakpatá, como com o fogo e o ar e a família de Hevioso, tambem tem ligação com o vodun Loko e Vodun Azanadô, Possú é o vodun patriarca do Axé Pó Zerren "Kpó Zehen" pois o ex escravo que fundou o primeiro axé foi batizado pelos portugueses com o nome de Manoel Ventura que era iniciado deste vodun. Possú aprecia a cor negra, gosta de usar o Laguidibá e o Brajá como colares, carrega em suas mãos a serpente negra, que é a mais venenosa de todas as Dans, suas cores são o preto rajado de branco ou ainda o terracota rajado de verde e amarelo ou preto, usa garras e máscara lembrando uma pantera que é seu animal... Ahoboboi Kpò! Arrungelô Possú!!!

VODUN LOKO


Trata-se de um vodun muito importante na nação Jêje, é muito sério, repepresenta tambem o orixá Irôko dos Ketús e o nkise Ktenbo dos Angola, sua árvore é de tão grande importancia quanto a árvore do vodun Azanadô, Loko tem forte ligação com Azansú, Agué, Besén, Possú e Sogbô, tambem ligação com todos os orixás funfun e com os ancestres, Loko é o verdadeiro dono do Rungebe, suas missangas são de cor laranja rajado de preto, abóbora rajado de preto, em alguns axés são o verde musgo rajado de marrom ou ainda o branco com cinza grafite, usa o laguidbá e dois brajás cruzados no peito...
VODUN AZANADÔ


"A árvore sagrada da nação Jêje"...
Trata-se de um vodun muito importante para nós Jêjes, o dono do Gboitá, Obará de Jêje, só recebe frutas, doces e comidas secas, nada de ejé, até pelo fato dele não ser feito no Ori de ninguem, esse vodun tem grande ligação Azansú, Agué, Besén, Loko e Possú, alguns antigos dizem que ele é um Besén, dizem que é um Azansú, outros ja dizem que ele é um vodun único e destinto, em sua volta a seus pés mora Adangbé, a serpente sagrada que morde a própria calda representando o ciclo da vida, é feito um grande preparo para o plantio desta árvore dentro do Kwê, só poderá ser plantada por um vodun da família DAN como Besén, Frekwen, Yewá e etc... Em uma parte do ato da confecção do verdadeiro Rungebe tambem passa por Azanadô, este vodun Gosta de Brajás e laguidbás. Sua festa é realizada no dia 06 de Janeiro ou juntamente com o Olubajé, suas cores são o verde rajado de amarelo... 
 


Azaka ou Zaká, é um vodun masculino, raro e antigo, guardião dos juramentos e segredos, pertence a familia de Sakpatá rei de Savalú. Considerado o Vodun da agricultura. Vive nas partes mais escuras das florestas de Savalú, aceita suas oferendas em grutas mais escondidas, pois gosta de silêncio, usa lança e cabaça, caçador de extrema habilidade e conhecimento das florest
 
vodun otolú (vodun da caça )


Otolu é um dos Voduns ligados ao campo do ensino, da cultura, da arte. Nas antigas tribos africanas, cabia ao caçador, que era quem penetrava o mundo “de fora”, a mata, trazer tanto a caça quanto as folhas medicinais. Além, eram os caçadores que localizavam os locais para onde a tribo poderia futuramente mudar-se, ou fazer uma roça.

Otolu representa a busca pelo conhecimento puro: a ciência, a filosofia. Enquanto cabe a Gu a transformação deste conhecimento em técnica. Apesar de ser possível fazer preces e oferendas a Otolu para os mais diversas facetas da vida, pelas características de expansão e fartura desse Vodun, os fiéis costumam solicitar o seu auxílio para solucionar problemas no trabalho e desemprego. Há uma grande semelhança com o Oxossi dos Yorubas.
as de Savalú. Tem o título de Zuncotole (Guardião da floresta) preparou Azönwany para sucede-lo. Azaká na floresta era chamado pelos inimig
 
vodun agassu
Herói mítico fundador da linhagem dos kpòvĭ (filhos do leopardo). Teria sido gerado pela princesa Alìgbonon, filha do rei da cidade Adjá de Tadô ou Sadô, às margens do Rio Mono, no atual Togo, depois de um encontro com um leopardo. Seu nome significa "bastardo". Malgrado esse apelido aparentemente injurioso, seus descendentes fundaram os reinos de Aladá, Porto Novo e Abomei no atual Benin, constituindo-se nas bases institucionais fundamentais dos fon.

Agassu é cultuado como vodun nas três cidades governadas por seus descendentes, mas seu culto mais importante esta é Abomei onde seu sumo-sacerdote, o Agassunon, possui o papel de chefe de cultos dentro na cidade. Seu emblema é o leopardo, cuja pele faz parte das insígnias tanto de rei como do Agassunon, e seus iniciados são chamados de Hogbonutó (nativos de Hogbonu [Porto Novo]) pois atribui-se a esta cidade o local do aparecimento culto de Agassu como vodun. Ele é, ao mesmo tempo um atinmé-vodun e um hunvé, ou seja, um vodun "vermelho".
os e admiradores de "Hùndevalú" título dado aos grandes ancestrais Caçadores-Guerreiros da antiga dinastia de Savalú. Suas cores são o azul claro, branco, preto e vermelho. Sua saudação é BISALO (bi-saló), cuja resposta é “Lo (ló)”. Suas ervas são as mesmas de Sakpata, Azaká também desempenha um grande papel na verdadeira iniciação de um Vodunsi Jêje pelo fato de todo o processo de iniciação ser consagrado a ele através de preceitos e juramentos de feitura, tem ligação com Intôto e a mãe das 09 Dans 
 
 
 
 

5 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  2. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  3. Yewá não é um Vodun, mas sim um Orixá.

    Em nenhuma Casa Jeje, antiga e tradicional, há culto a Yewá. A única excessão seria o Axé Oxumarê Araká, que não podemos considerar como sendo Jeje.

    Inclusive Gaiaku Luiza (Luiza Franquelina da Rocha), enfatiza claramente que nas Grandes Casas Jeje da Bahia, nunca houve iniciações para Yewá.

    Ao que tudo indica, vários Voduns femininos, integrantes da Família de Dã, estão sendo confundidos e sincretizados com Yewá. A exemplo de Frequem e Ajikun, o que não tem absolutamente nada haver.

    ResponderExcluir
  4. Sobre o Vodun Pôssú (Kpôssú e ainda Kpô), pesquisas atuais indicam tratar-se do mesmo Vodun Agassú, Dadaho e Agassou, cultuado na Casa Grande das Minas do Maranhão e em templos mais ortodoxos do Vodu Haitiano.

    ResponderExcluir
  5. No tocante a Família de Dan, em verdade poucos dos seus membros são conhecidos e cultuados no Candomblé Brasileiro. Todavia sua confraria religiosa, apesar de pouco conhecida ainda existe no Benin, tendo sido registrada pelas atentas lentes de pesquisadores e cineastas que efetuavam as gravações de um documentário na África, Sankofa a África que te habita. Foi um momento documental único, uma vez que a aparição pública dessa sociedade de iniciados e adoradores desse vodun apenas sai as ruas apenas a cada vinte quatro anos. O registro documental da existência desse grupo possibilita que hajam pesquisas e intercâmbios religiosos a fim de conhecermos mais sobre o Vodin Dan e sua Familia de Voduns.

    ResponderExcluir